Bernardo Ferrão revelou numa conversa com Daniel Oliveira que desde criança sentiu a paixão pelo jornalismo. Natural do Porto, fez um estágio em Vila Real.
Numa das viagens para o Porto, teve um “acidente gigantesco”. “O carro foi para a sucata“, começou por lembrar Bernardo Ferrão. “Quando vinha no IP4, aquela estrada muito perigosa, estava a subir e uma senhora a descer, estava uma chuva muito miúda, a senhora perde o controlo, bate no raile, volta para trás e apanha-me”, acrescenta, confessando que foi por pouco que não lhe aconteceu nada.
Mais tarde, em 2018, viveu outro susto durante um voo de regresso de Angola.
Durante o voo, enquanto tentava escrever um artigo para o Expresso no aeroporto, começou a sentir dificuldades que o deixaram preocupado. “A certa altura não estava a conseguir carregar nas letras que a minha cabeça estava a pensar. (…) Tentei recompor-me, entrei no avião, sentei-me“, recorda. Mas o mal-estar voltou já dentro do avião. “Tentei agarrar os headphones… Tentava apanhar e não conseguia. Aí comecei a ficar em pânico. Levantei-me para ir à casa de banho, e a partir daí já não sei de mais nada, apaguei“, conta.
Bernardo Ferrão teve convulsões em pleno voo e foi ajudado por uma médica que estava no avião. Após aterrar de emergência no Gana, o jornalista foi acordado a “levar estalos na cara”. “Na clínica, fizeram-me logo uma ressonância magnética, e aí apareceu uma bola no cérebro (…) havia a questão de o que é que seria aquilo, se era um tumor que teria rebentado, um abcesso cerebral (…) e depois a decisão, tomada pela Filipa [mulher] juntamente com o Ricardo Costa, de se ‘o Bernardo vem ou não vem [para Portugal]‘.
Acabou por regressar a Portugal, tendo feito a viagem muito medicado para estar “tranquilo e a dormir”. Depois de vários exames e antibióticos, a bola no cérebro não parava de aumentar. Após a operação para remover o abcesso, originado por uma bactéria misteriosa, pôde finalmente recuperar.
Bernardo Ferrão declara-se às filhas
Mais à frente na conversa com Daniel Oliveira, o jornalista falou da vida pessoal e a relação com as filhas e Filipa Matos.
“A vida de hoje é muito rápida. Esta coisa das redes sociais é uma ditadura para as crianças: estás com este ou estás com aquela, se és popular ou não, se tens mais ou menos likes”, afirma.
Em seguida, partilhou que um dos seus principais objetivos na educação das filhas é prepará-las para os desafios da vida. “Que elas percebam que a vida não é fácil, que vai ter muitos obstáculos, que os pais podem não estar sempre presentes e que elas vão ter que lutar“, remata.
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