Foi no dia de ontem que o Grupo Impresa, liderado pelo ex-primeiro ministro Francisco Pinto Balsemão abriu as portas do edifÃcio que já acolhia a redação do Expresso e que atualmente alberga as novas instalações da SIC e da SIC NotÃcias, que abandonaram a antiga sede em Carnaxide, aos órgãos de comunicação social. Com a pompa e circustância exigidas à inauguração do espaço, o responsável pelo grupo de comunicação, deixou duras crÃticas ao papel que as redes sociais têm desempenhando na propagação de falsas notÃcias.
«A própria censura, que tivemos durante anos de enfrentar, era uma maneira de, através de cortes totais ou parciais, falsear a realidade», disse Balsemão que aproveitou para recordar o inÃcio da fundação do grupo Impresa e a forma como a censura do Estado Novo afetava o percurso do, à época, jovem Expresso: «As legendas das palavras cruzadas do Expresso tinham de ir à Censura antes de poderem ser publicadas», referiu a tÃtulo de exemplo.
Apesar de reconhecer que as «fake news sempre existiram», nos dias de hoje, a existência destas «é mais grave pela quantidade de pessoas atingidas e pela velocidade de propagação». Para o antigo lÃder do PSD, os órgãos de comunicação  precisam,  «cada vez mais de separar o trigo do joio e de quem o faça com isenção, distinguindo entre notÃcia e opinião, não se sujeitando à feira das vaidades das redes sociais, lutando contra o domÃnio e a irresponsabilidade gananciosa dos gigantes da internet».
No mesmo tom e num evento que contou com a presença de representantes da RTP e da TVI, Francisco Pinto Balsemão aproveitou para apelar «aos verdadeiros meios de comunicação social» que encontrem o seu caminho seguindo sempre os prÃncipios deontológicos do meio profissional.