fbpx

Autor explica o sucesso de “Laços de Sangue”

A Televisão
4 min leitura

Pedro Lopes Margarida Carpinteiro Autor Explica O Sucesso De &Quot;Laços De Sangue&Quot;

A poucas horas de se saber se a trama protagonizada por Diana Chaves, Joana Santos e Diogo Morgado conseguirá suceder a Meu Amor e conquistar o Emmy Internacional, Pedro Lopes falou com a revista Focus e explicou os motivos do sucesso de Laços de Sangue.

Questionado sobre se esta foi, de facto, “a novela da nossa gente”, o argumentista foi perentório: “Eu acho que foi, porque há um fenómeno muito interessante na novela e que a medição de audiências não consegue captar: o envolvimento emocional do público. Isso segui através das redes sociais. Há projetos que as pessoas podem ver, mas que acaba por não ter assim tanta importância na sua vida, no seu dia-a-dia. Em Laços de Sangue senti que, de alguma maneira, aquelas personagens passaram a fazer parte da vida, quase como família, de muitos dos espetadores. E o facto de termos conseguido chegar a esse grau de envolvimento emocional é o que mais me orgulha como autor.”

Já sobre as diferenças entre esta hitória e Perfeito Coração, Pedro Lopes garantiu que “Houve uma diferença fundamental nas duas novelas, que foi o respeito pelo gancho final do episódio, o que nos levou a escrever dentro de uma estrutura dramática completamente diferente. Nós escrevíamos o episódio predefinindo qual era a cena de fecho. Construía-se da última cena para a primeira. Para que a última cena tenha esse impacto todo”, acrescentando que “por outro lado, com o tempo também vamos captando pormenores, o que não quer dizer que ao longo de um percurso não possa haver uma novela boa, e a seguir fazermos uma má. Mas, tecnicamente, acredito que, com o tempo, nós vamos melhorando. E, creio que toda a equipa como argumentistas estava muito mais consistente e tecnicamente muito mais capaz do que estava no Perfeito Coração e do que estava na novela anterior.”

A terminar, Pedro Lopes comentou ainda a encomenda de mais episódios por parte da SIC, algo que, na sua opinião “beneficiou, porque, quando a SIC fez essa encomenda de mais episódios, tinha consciência de que havia história para contar. Da nossa parte foi apresentada uma nova sinopse. Não foi um acrescento, não foi sem saber para onde a história se dirigia. Nós trabalhámos numa nova história a partir dali, numa nova fase. Foi exatamente quando a Diana raptou a irmã e caíram nas águas. Foi, uma espécie de começar de novo, como foi no primeiro episódio. Tudo isso foi moldado e foi pensado para os 322 episódios. Obviamente que, como tínhamos personagens que nos estavam a dar um grande prazer escrever, não estávamos a ter dificuldade em criar histórias. Ao saber que a novela poderia ter mais episódios para nós foi uma grande satisfação porque não foi minimamente angustiante, foi um prazer saber que iríamos estar mais tempo com aquelas personagens”, finalizou.

Siga-me:
Redactor.