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Armanda Leite sobre acidente que vitimou Angélico Vieira: “Daquele dia, apagou tudo”

Íris Neto
3 min leitura

Armanda Leite, uma das sobreviventes do acidente que vitimou Angélico Vieira há nove anos, concedeu uma entrevista ao programa de Júlia Pinheiro, na SIC, que foi transmitida novamente esta terça-feira, 22 de dezembro.

A jovem planeava ser manequim e advogada, mas um acidente de viação roubou-lhe os sonhos. Armanda Leite está presa a uma cadeira de rodas e continua a luta pela recuperação plena da mobilidade. Desde o dia do trágico acidente, a jovem tem contado com a ajuda do pai, José Leite, que luta diariamente pela felicidade e bem estar da filha.

“Esqueci-me de tudo o que se passou no acidente. Daquele dia, apagou tudo”, contou Armanda, que afirma ter conhecido Angélico Vieira, momentos antes de entrar no carro. Apesar disso, a jovem recorda-se do cantor. O mesmo não acontece relativamente aos outros passageiros.

Memória só comecei a ter muito tempo depois. Na altura, nem sei se pensava… estava em qualquer sítio a passar férias, sei lá. Penso que não senti dores”, disse a jovem.

Do hospital, as memórias são “poucas, ou quase nenhumas”. “Puseram-me qualquer coisa para ficar em coma profundo”, contou. “O meu pai foi a única pessoa que me lembrei”, acrescentou.

O pai da jovem também defendeu Angélico Vieira. “Ao Angélico não ia apontar o dedo. Sabia que ele não bebia, não tinha vícios. Depois de ir ao local do acidente fiquei logo mais descansado por não ter sido ele. Não vou afirmar que não houve excesso de velocidade, mas que o acidente não foi por culpa dele sempre tive consciência disso”, garantiu o progenitor.

O que mudou depois do acidente

Armanda Leite garantiu que a grande perda foram os amigos. “[A minha vida] mudou muito. Por exemplo, fazer fotografias, ir à escola, estar com os meus amigos. […] Mas amigo de verdade procura as pessoas […] tento esquecer esses amigos […] Um simples telefonema não fazia mal nenhum”, afirmou. “Sinceramente, já tive mais sonhos. Uma pessoa olha para o espelho e compara: o que eu era e o que eu sou”.

Sobre o longo e duro processo de adaptação à nova realidade, o pai de Armanda Leite revelou que construiu uma casa adaptada para a filha, porque “não queria ver a filha numa instituição”.

O progenitor de Armanda falou das amizades da filha que, depois do acidente, desapareceram: “Os amigos evaporaram”.

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