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Ângelo Rodrigues! Rita Ferro dedica-lhe mensagem depois do documentário

Duarte Costa
3 min leitura
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O documentário protagonizado por Ângelo Rodrigues, referente ao seu processo de recuperação, foi para o ar este domingo, 13 de setembro, na SIC.

Rita Ferro Rodrigues esteve atenta ao desenrolar do mesmo. No fim, inspirou-se e dedicou uma mensagem ao ator.

Leia aqui o texto completo:

O que o Ângelo fez hoje é muito difícil. É muito duro expor-se desta forma, mantendo a sua dignidade e intimidade absolutamente preservadas.

Qualquer pessoa que o conheça minimamente, sabe que teve de pesar muita coisa, teve de conceder. Mas concedeu para ser um exemplo maior – muito para além, como ele próprio afirmou, ‘da dimensão e magnitude do erro que cometeu’.

Todos travamos lutas terríveis. Todos cometemos erros. Andamos a deambular felicidade tantas vezes cheios de dores, a disfarçar sofrimento e fragilidades em prol de uma ideia de sucesso que nos faz tão mal. Tão mal. E há quem não sobreviva a esse cilindro – e 2020 foi particularmente cruel na confirmação da ilusão mortal que andamos a construir – andamos todas e todos a construir essa realidade paralela de sucesso, tão venenosa.

Desenganem-se, ninguém está a salvo. Uns sobrevivem, outros não. E há quem, para sobreviver, se afaste, escolha outros caminhos, opte por ser sempre a gazela (citando o Ângelo), mas em liberdade, na sua fuga permanente.

O Ângelo não vai levar a mal o que vou dizer – ele sabe que é verdade – a nossa relação de amizade foi sempre difícil e tensa. É o que é. Provavelmente será sempre assim e não faz mal. Há um momento na história que nos ligará para sempre e ficará para sempre entre nós – foi um momento de lucidez de amor – e só isso importa e fica. Porque só isso, de facto, importa e fica.

O que o Ângelo fez hoje foi importante para ele, mas sobretudo para as dores de muitos. O que andamos a fazer? Como queremos viver? Queremos ou não enfrentar os nossos traumas e medos? Queremos ou não tratar das nossas feridas?

Ao Ângelo só desejo que corra muito, corra o mundo inteiro como anseia e merece. Que se comova, que se entregue a sentir, que corra por um futuro que ainda mal começou e que será de certeza agora – não tenho dúvidas – mais verdadeiro e feliz.

Uma palavra também para a SIC, que fez este ‘doc reality’ com muita sensibilidade e cuidado. Nos dias que correm, o respeito desse dever deontológico é de celebrar.

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