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Andreia Rodrigues revoltada com massacre na Azambuja: “Não venham com m*rdas”

Vanessa Jesus
5 min leitura
Instagram

Andreia Rodrigues mostrou-se revoltada com o massacre de centenas de animais na Quinta da Torre Bela, na Azambuja.

Na rede social Instagram, Andreia Rodrigues é uma das figuras públicas que se manifestou contra esta situação e que exigem justiça.

“Matanças por puro prazer, por desporto, para assinalar um recorde de sangue, sim, em Portugal. 540 animais. Matanças que geram gozo em quem dispara, em que eleva as cabeças de animais, com ferros, como troféus, a vangloriarem-se da dor, do sangue, a sorrirem perante a morte e carnificina que os próprios geraram”, escreveu Andreia Rodrigues.

“O Dano está feito, não venham com m****** de palavras, de dizer que é condenável, não basta. Somos um país evoluído? Mostrem-no. Criem regras apertadas, sejam empáticos com a vida, com o ambiente. Penalizem e banam aquilo que não tem razão de ser, aquilo que em nada se coaduna com a evolução humana”, desabafou ainda, visivelmente indignada.

De recordar que Sónia Tavares ou ‘A Pipoca Mais Doce’ também usaram as redes sociais para expressarem a sua revolta.

Pra cima de filhos da puta. Massacre da Torre Bela – Chacinados 540 animais, não incluindo os da boina, com muita pena minha. 17-12-2020 -540 animais selvagens de médio porte não é controlo, não é desporto, é chacina“, escreveu a vocalista dos ‘The Gift’.

E, quando, afinal, percebemos que vivemos num país de terceiro mundo. Faltam-me palavras para esta crueldade“, escreveu Ana Garcia Martins, mais conhecida pela ‘A Pipoca Mais Doce’.

Texto na íntegra de Andreia Rodrigues: 

Ponderei se haveria de fazer este post. Ponderei se em vésperas de Natal deveria expor dor, tristeza, vergonha… Depois cheguei à conclusão que as vozes que se calam são cúmplices e eu não quero ser. Para que percebam, para que não achem que me movo por “extremismos”: fui criada por uma ama, a minha “Tia” Fernanda, uma senhora que em casa cuidava de crianças para que os pais pudessem trabalhar. A minha “Tia” Fernanda e o marido (o meu Zézé), que adoro. São de Barrancos. Ele caçador.

Tenho na minha memória ele a chegar da caça, com ele trazia coelhos, perdizes, caçavam e comiam. Eu não como carne de coelho há muitos anos e cada vez consumo menos carne, mas quero que percebam que para mim não é menos digno quem caça para comer do que aquele que come carne industrializada, de animais que nunca pisaram chão sem uma grade à volta. Portanto, comendo eu carne, mesmo que procure opções mais dignas, não julgo, prefiro antes encontrar empatia e continuar a fazer o meu caminho na procura de ser melhor.

Mas depois há isto: matanças por puro prazer, por desporto, para assinalar um recorde de sangue, sim, em Portugal. 540 animais. Matanças que geram gozo em quem dispara, em que eleva as cabeças de animais, com ferros, como troféus, a vangloriarem-se da dor, do sangue, a sorrirem perante a morte e carnificina que os próprios geraram, quando estamos a falar de animais que foram mortos com cobardia, numa luta desigual, encurralados contra muros. Os culpados? Todos os que permitem que isto aconteça.

Nós que não combatemos como devíamos esta realidade. O Dano está feito, não venham com m****** de palavras, de dizer que é condenável, não basta. Somos um país evoluído? Mostrem-no. Criem regras apertadas, sejam empáticos com a vida, com o ambiente. Penalizem e banam aquilo que não tem razão de ser, aquilo que em nada se coaduna com a evolução humana.

Não sei o que sente quem mata um animal pelo prazer de o fazer, não sei o que os separa de quem mata uma pessoa pelas mesmas razões, não sei sequer se não estou a ser injusta nesta comparação. Sei apenas – ou acredito nisso – que alguém que vê prazer na morte precisa de ajuda para parar, de uma forma ou de outra.

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