Ana Marta Ferreira assume aborto na adolescência: “Foi o que mais medo me deu na vida…”

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Ana Marta Ferreira abriu o coração a Daniel Oliveira, para uma emotiva entrevista no programa “Alta Definição”.

A atriz Ana Marta Ferreira esteve à conversa com Daniel Oliveira e abriu o coração para falar assumiu um abordo e o excesso de álcool e drogas.

Atualmente podemos a ver na novela “A Serra”, no papel da padeira Jacinta, e esteve este sábado, no programa “Alta Definição” da SIC, onde falou sobre o seu passado e recordou alguns dos problemas que viveu na adolescência.

A jovem, de 26 anos, contou a Daniel Oliveira que foi muito rebelde, dando vários sustos aos pais. A artista assumiu que “bebia muito” nas suas saídas noturnas e confessou que experimentou drogas “sem nunca” se meter “nas pesadas”.

Saia à noite e bebia muito. Mesmo muito. E também experimentava drogas, essas coisas. Estava com as companhias erradas, foi uma fase muito sombria, fiz muitos disparates“, admitiu Ana Marta Ferreira, acrescentando que precisou da ajuda de especialistas para ultrapassar as dependências: “O psicólogo ajudava-me a tirar o peso das coisas, a não sofrer muito.

“Só me estava a destruir a mim. Fiz muitas coisas inconscientes. Alcóol, drogas, exageros (…) Quero guardar estes momentos e não os voltar a repetir”, garante.

Porém, Ana Marta Ferreira não esquece o que viu na época em que saía à noite. “As pessoas não têm noção do que se passa na noite. Vi miúdos de 12, 13 anos deitados no chão, bêbedos.”

“Os meus pais sempre foram liberais mas muito protetores. Sempre fui muito precoce em tudo, como comecei a trabalhar muito cedo sempre fui muito independente. Confiavam em mim”, nota.

O aborto com apenas 18 anos

A atriz começou nas novelas com apenas 9 anos de idade e Ana Marta Ferreira conta que sempre foi precoce em tudo na vida, e aos 18 anos engravidou, mas decidiu interromper, sem nunca informar o pai do bebé.

“Qual foi a coisa que fizeste que mais medo te deu?”, questiona Daniel Oliveira. A atriz responde sem hesitar: “Há uns anos, ainda era muito miúda, fiz um aborto. Não era a altura certa, não a pessoa certa. Só consegui contar muito tarde aos meus pais, foi tudo muito, sabes? Isso foi o que me deu mais medo de fazer na vida.

Na altura, tinha 18 anos. “Não foi uma coisa tomada de ânimo leve, como é óbvio. Não dava naquela altura, era impossível. Isso se calhar também me veio trazer muitas coisas que me levaram a outros sítios (…) Não posso dizer que me arrependo hoje em dia, acho que foi a coisa certa na altura. Mal descobri que estava grávida, soube que não ia acontecer“, recordou.

Tive medo. Da reação dos meus pais, de desiludir, da situação toda em si, do que tinha de fazer, mas era mais a coisa de desiludir. ‘Pronto já fiz mais um disparate, mais uma coisa que não devia ter feito’“, acrescentou Ana Marta Ferreira, de lágrimas nos olhos.

Até hoje, não contou ao ‘envolvido’ o que aconteceu. “Só os meus pais e os meus irmãos souberam. Quem esteve envolvido não vai saber”, recordando ainda o momento em que viu mulheres a banalizar a situação.

Quando fiz vi mulheres a banalizar isso. Uma mulher ao meu lado dizia que era o quinto aborto que estava a fazer. Nunca teria abortado se as condições fossem boas. Nem era a coisa de ter 18 anos, era tudo o resto.”, conta Ana Marta Ferreira. “Os meus pais mais uma vez foram fantásticos. Foram incríveis. Tive muita sorte”, frisa.

“Quando engravidei do Vasquinho, e já foi consciente, tive muitas jovens adultas a mandarem mensagens. A dizer que não tinham apoio. Não sabia o que havia de responder”, recorda.

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