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A Garota Não surpreende com discurso-poema nos Globos de Ouro e torna-se viral

A Garota Não venceu na categoria de Melhor Intérprete nos Globos de Ouro e emocionou o público com o discurso poético da sua autoria.

Pedro Vendeira
2 min leitura

A noite dos Globos de Ouro da SIC foi marcada por alguns momentos emocionantes e um deles foi protagonizado por Cátia Oliveira, também conhecida como A Garota Não. Ao subir ao palco como vencedora na categoria de Melhor Intérprete, a cantora de 39 anos emocionou o público com um discurso poético da sua autoria.

Eu sou do 2 de Abril, que é um bairro lixado em Setúbal. Espera só um bocadinho até ao final”, começou por dizer, pedindo ao maestro que a deixasse concluir o discurso sem interrupções. “Vivemos o tempo dos Budas, das flores de plástico e das cómodas douradas. E rimos muito alto, por cima da música alta das esplanadas. Vivemos o tempo da kombucha, do coaching, das soft skills e da gratidão. Saibamos agradecer aos bancos os juros que nos cobram na habitação”, nota A Garota Não.

Vivemos o tempo mais corrido de sempre. Das metas, dos objetivos, do ‘nem que me esfarrape’. Não há esforço que não valha a pena, seremos todos Luft, Tap. Vivemos tempo de maioria absoluta, de posso e mando, de meritocracia. O mérito mede-se a partir dos dentes, das notas do colégio ou da demagogia? Obrigada por esta oportunidade, um globo de ouro nas mãos de um ser tão falho. Há quem tenha muita sorte. A sorte, a mim, tem-me dado muito trabalho”, remata Cátia Oliveira.

Foi em 2019 que A Garota Não lançou o seu primeiro álbum, intitulado Rua das Marimbas N.º7. Três anos mais tarde, editou “2 de abril”, aclamado como o álbum do ano de 2022 por vários meios de comunicação. Temas como Dilúvio, Que Mulher é Essa e Canção Sem Final são muito apreciados pelos fãs. A artista também se destaca por ter escrito para Ana Bacalhau, Cristina Branco, Lura e Sara Correia.

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