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“A Fátima não se portou bem”, diz Nuno Santos

A Televisão
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Depois de se ter confessado ao Correio da Manhã de ontem, o director de programas da SIC é um dos entrevistados da edição desta semana da revista TV 7 Dias. Uma conversa sincera e directa, em que não fugiu a qualquer pergunta.

 

Questionado sobre o facto de a SIC ainda não ter conseguido ser líder um único mês, desde que assumiu o cargo, o jornalista foi peremptório: “Quando cheguei, não prometi a SIC imediatamente líder. Disse que a estação pretendia ser mais inovadora, irreverente e interventiva. Não se conseguiu na exacta medida em que eu pretendia, porque sou um eterno insatisfeito, mas o caderno de encargos está a ser cumprido. Hoje, a oferta da televisão temática pesa cerca de 20 por cento no mercado. Nesse contexto, enquanto canal generalista, a SIC é a estação líder naqueles que são os seus públicos prioritários, os targets comerciais.”

Em cima da mesa esteve, claro está, a transferência de Fátima Lopes para a TVI. E sobre isso, Nuno Santos não quer alongar-se: “Tenho pouco a dizer sobre isso porque aquilo que me importa é o futuro, não o passado. Lamento a perda da Fátima. Acho que ela é um nome forte da televisão em Portugal, mas acho que não se portou bem com a SIC. Desejo-lhe sorte. É uma pessoa por quem tenho, até, estima.” E, agora é Conceição Lino quem vai dar o litro nas tardes do canal. E o que poderão os portugueses esperar de Boa Tarde? “Será uma tarde diferente. Teremos uma fase de habituação dos públicos a uma apresentadora que, nos últimos 18 anos, fez outras coisas. Uma situação que, vista de fora, significaria fraqueza – devido à saída de Fátima Lopes -, mas que transformámos numa situação de força!”, explicou, frisando ainda que Conceição Lino não deixará “de ser quem é”.

Não querendo entrar em polémicas, o director de programas fez questão de elogiar a concorrência, nomeadamente André Cerqueira, que nas suas palavras, “deu boas provas e quer ganhar este novo combate. Ainda não o vi fazer muito, também não teve tempo, mas tem falado bastante.” E sobre José Fragoso? “gosto muito do Fragoso, é sério a trabalhar, mas não me peça para falar sobre os conteúdos da RTP. Não sou crítico de televisão. Durante os meus anos, todos os dias se escrevia sobre a RTP e agora constato que não é assim…”

Prestes a terminar, Nuno Santos deixou bem claro que continuará a desempenhar o cargo de responsável pela programação, mesmo com a chegada de Gabriela Sobral: “O Luís Marques entendeu reforçar a nossa estrutura de produção e, conceptualmente, isso está certíssimo. A Gabriela é uma das profissionais de televisão mais competentes e experientes que conheço e vai ajudar a SIC a ser mais forte. Eu gosto de trabalhar com os melhores”, frisou.

Por último, uma questão curiosa: “Não teve a hipótese de comprar a Casa dos Segredos, que a TVI vai exibir?”, perguntou o entrevistador, recebendo como resposta: “Na grelha da SIC, os géneros fundamentais são ficção, desporto, informação e entretenimento, onde incluo os reality-shows. Um programa com o perfil de A Casa dos Segredos – ou outros que temos identificados – cabe na nossa grelha”.

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