Chegou ao fim este sábado o programa O Formigueiro, que se despediu dos ecrãs da SIC, após oito emissões e contou com a presença do ator brasileiro Cauã Reymond. Marco Horácio, o apresentador do formato lamenta a decisão e critica a estação de Carnaxide.
Pela segunda vez o programa chega prematuramente ao fim: «Saímos em grande, com o Cauã, mas fico com pena, pois era um programa inovador e diferente», confessou o humorista em declarações à TVGuia. «Sabia que só oito emissões é que estavam negociadas com a SIC e com a produtora, Shine Iberia, mas esperava que pudesse continuar, pois o programa estava a crescer e a ganhar dimensão. Contudo, a televisão é mesmo assim», diz.
Para o apresentador só as audiências explicam a decisão que ditou o cancelamento: «O fim só teve a ver com os números. A SIC e a Shine acordaram um share que não conseguiram atingir e o programa ficou por aqui. Hoje, há uma ansiedade em relação aos números:não deixamos programas instalarem-se na casa das pessoas».«Era uma questão de tempo. Se tivéssemos mais quatro ou cinco emissões, os números mudavam.», lamenta.
Marco Horácio dá ainda o exemplo do programa de Marisa Cruz e João Paulo Rodrigues na estação de Queluz de Baixo: «O programa da concorrência, Não Há Bela Sem João, da TVI, também esteve para ser cancelado, devido às fracas audiências, no início, e hoje tem resultados fantásticos.»
Sem trabalho em televisão, o humorista pretende regressar aos palcos mas não fecha a porta à SIC: «A televisão é mesmo assim. Agora vou para o desemprego,como toda a gente. Apesar de não ter contrato com a estação, sei que pretendem continuar a trabalhar comigo…»
Recorde-se que a despedida de O Formigueiro foi seguida por 443,3 mil espectadores, o que equivale a uma audiência média de 4,7% e uma quota de mercado a rondar os 18,8% e contou como convidados, além do ator brasileiro, com Isabel Figueira e Quim Barreiros.
