O Melhor & Pior do Ano

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2012 chegou ao fim e agora é o momento de se fazer um balanço do que foi positivo e negativo na televisão nacional. O ano que passou trouxe oferta não muito boa para os telespectadores – e, consequentemente, prejudicaram as televisões -, mas não iremos destacar apenas os produtos fracos: também o que teve um percurso positivo merece destaque.

Aí está O Melhor & Pior do Ano, por Jorge Pontes, Marcos Rocha e Rodrigo Amaral.

MELHOR DO ANO RTP

2012, que já lá vai bem longe, viu mais um grande evento de futebol concretizar-se: o Euro 2012. Apesar da emissão conjunta dos diversos jogos pelos três canais generalistas, o canal do Serviço Público viu, com a emissão dos quartos de final do evento, a 21 de junho, o melhor resultado a nível de audiência: 36,1% de rating e 71,7% de share.

PIOR DO ANO RTP

Indiscutivelmente, o futebol continua a ser uma das grandes temáticas que mais gente prende em frente ao televisor. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer das produções nacionais e o caso mais flagrante prende-se à exibição da mini-série «Perdidamente Florbela». O terceiro capítulo da vida e obra de Florbela Espanca viu o pior resultado de todas as produções do canal, 2,0% de rating e 4,2% de share.

MELHOR DO ANO SIC

Não podia deixar de realçar a novela «Dancin’ Days» como o melhor do ano de 2012, da SIC. Apesar de na ficção ter tido muitos sucessos no decorrer deste ano, a primeira novela do horário nobre da estação de Carnaxide foi o ponto de partida para os resultados que se sucederam. Na verdade, «Gabriela» em termos audiométricos tem sido relativamente melhor que a novela de Pedro Lopes, no entanto, «Dancin’ Days» foi a primeira novela portuguesa mais bem sucedida da SIC. A sua estreia, apesar dos bons resultados, passou quase despercebida. Com o decorrer da trama, a produção nacional prendeu o público e as audiências foram aumentando de mês para mês. Até ao momento, o melhor mês em termos audiométricos foi o mês de outubro em que registou, em média, 16,8% de rating e 33,0% de share. Ainda no decorrer desse mês, atingiu o seu o recorde máximo de 18,7% de rating e 36,4% de share.

Nota: «Dancin’ Days» é considerada a novela mais vista de sempre da SIC. Desta forma, com os excelente resultados, a novela conseguir entrar para o 7º lugar do top das novelas portuguesas mais vistas desde 2000 (tabela anteriormente preenchida só com produções da TVI). Para consultar o top das produções portuguesas mais vistas desde 2000 clique aqui.

PIOR DO ANO SIC

O ano de 2012 foi marcado, também, por alguns formatos que obtiveram resultados menos positivos para a SIC. Entre alguns deles, o «Toca a Mexer» foi, sem dúvida, o programa mais fraco em termos audiométricos que a estação de Carnaxide teve na sua grelha no ano passado. O formato que no princípio prometia animar os domingos à noite de Portugal, que colocaria todos os espectadores em casa a mexer foi, na verdade, um fracasso. Apresentado por Bárbara Guimarães, o programa que colocava concorrentes com excesso de peso a dançar, não foi além dos, quase, 600 mil espectadores registando 6,3% de rating e 17,6% de share, sendo este o resultado mais elevado que «Toca a Mexer» atingiu em todo o seu percurso (este resultado foi registado num sábado sem o seu principal concorrente). Na verdade,  «Casa dos Segredos 3» foi um formato bastante forte que não deixou «Toca a Mexer» respirar um segundo.

MELHOR DO ANO TVI

É indiscutível que o formato que se destacou pela positiva no ano de 2012 na estação de Queluz de Baixo foi «A Tua Cara Não Me É Estranha». O programa de domingo à noite, apresentado por Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira, onde famosos deram vida a cantores do panorama nacional e internacional, atingiu altos valores de audiência. Nem mesmo as consecutivas temporadas e reinvenção do formato (de lembrar que o mesmo teve duas edições e uma versão especial dedicada aos duetos musicais), que o fez prolongar por meses a fio, fez com que «A Tua Cara Não Me É Estranha» perdesse fulgor. O programa, que chegou a atingir 53,9% de share e a passar a barreira dos 20% de rating, deixou sempre a concorrência a milhas e cilindrou qualquer formato que se atravessou no seu caminho. Daí ser aposta mais que certa para as noites de domingo da TVI, já no início do novo ano.

PIOR DO ANO TVI

Entre formatos que tiverem um desempenho menos positivo para a TVI, destaco, pela negativa, o «Vídeo Pop». O programa de fim de tarde do quarto canal, que formou uma nova dupla – Leonor Poeiras e Nuno Eiró -, não trouxe valores audiométricos favoráveis à estação. O facto da estação ter ido a reboque do sucesso que os vídeos caseiros de humor estavam fazer na concorrência, não lhe valeu de muito: «Vídeo Pop» acabou por ser abafado pela concorrência. Nem mesmo as chamadas de valor acrescentado permitiram o formato alcançar a longevidade. Um programa nada competitivo que não deixou saudades!

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