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Musicalmente saindo

A Televisão
10 min leitura

Frente De Destaques Musicalmente SaindoPrimeiro fim-de-semana de Julho, octogésima oitava edição de Frente de Destaques. Depois do terrível acidente, o anunciado falecimento de Angélico Vieira fez capa de todas as revistas da nossa praça, não esquecendo os pormenores sobre o novo talent-show da TVI, o anuncio da não chegada de Manuela Moura Guedes à SIC ou a saía de Bernardo Bairrão da TVI foram algumas das notícias a merecer destaque na nossa imprensa.

Senhoras e Senhores sejam bem-vindo a mais uma Frente de Destaques.

Aquilo que muita gente não desejava acabou por acontecer. Na passada terça-feira, pelas 23h40, foi declarado o óbito de um dos mais afamados atores e cantores portugueses. Uma notícia que abalou muita gente e que teve um grande impato na imprensa portuguesa. Motivou, inclusivamente, que algumas publicações saíssem mais cedo, caso da TV Guia e foi tema de destaque de tudo o que é publicação semanal. E, arrisco-me a dizer, será ainda durante a semana que agora se inicia. É, de facto, uma notícia triste e que não deixa ninguém indiferente. Também compreendo o destaque dado pelos diferentes órgãos de comunicação social, afinal de contas, é o assunto do momento. Só creio que não é de bom tom procurarem-se agora notícias sobre as namoradas do ator, os relacionamentos passados e falhados, entre outros. Agora é tempo de a família e amigos fazerem o seu luto e de os deixarem em paz. Até porque o Protagonista da Semana Angélico Vieira com certeza não queria que a sua morte fosse um assunto tão falado.

Mas houve muito mais para ler esta semana. E, tal como anunciado em primeira mão pelo A Televisão, Bernardo Bairrão foi convidado para assumir o cargo de secretário de estado da administração interna e deixou, assim, a TVI. No entanto, qual não foi a minha surpresa quando tomei conhecimento de que, afinal, Pedro Passos Coelho vetou o nome do administrador da Media Capital por este não defender a privatização da RTP. Achei uma justificação pouco plausível, mas o primeiro-ministro lá saberá o que faz. Ainda assim, se há alguém que não sai a ganhar com tudo isto é o próprio Bernardo Bairrão que ganhou um grande destaque, mas não pelos melhores motivos. Contudo, gabo-lhe que tenha tomado a decisão de também não voltar à gestão do grupo a que pertence a TVI.

Aproveitando a notícia de Bairrão e, tendo por base o artigo do semanário Sol que dá conta de que Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz tiveram “dedo” nesta situação, uma vez que, alegadamente, foram eles quem fizeram pressão junto de Passos Coelho para que este vetasse o nome de Bernardo Bairrão, é agora tempo de dar destaque à polémica jornalista. É em entrevista ao Público que a esposa do “senhor televisão” afirma que Francisco Pinto Balsemão chumbou o seu nome para a SIC, pelo facto de o marido trabalhar para a Ongoing Media. Sinceramente, não sei até que ponto Manuela Moura Guedes estará a dizer a verdade, mas tendo em conta que esta sempre marcou pela frontalidade com que aborda os mais diferentes temas, não sei se Pinto Balsemão não terá tido estes motivos como base para o veto da entrada da jornalista na televisão que dirige. E não deixa de ser um pouco incoerente que Manuela Moura Guedes nem entre na SIC depois de em Novembro tal notícia ter sido anunciada pelos responsáveis competentes. Irá ela agora, de vez, para a RTP?

Quem não vai para a RTP é Bárbara Guimarães. Ela que, de acordo com a TV Guia desta semana se prepara para abraçar um novo desafio no canal de Carnaxide. Ao que parece, e ao invés do que chegou a ser falado pela imprensa, a comunicadora é a eleita para dar a cara pela versão portuguesa de X Factor que a SIC prepara para a rentrée televisiva. Sinceramente, não concordo em nada com esta decisão. É claro que Bárbara Guimarães continua a ser uma ótima apresentadora que se “reconciliou” com o seu público com Portugal tem Talento, mas, vê-la na condução de Fator X seria como que uma nova edição da versão portuguesa de Britain’s Got Talent. Sou a favor de que os bons profissionais tenham espaço para crescer, mas também sou a favor de que sejam dadas oportunidades a novas caras e que não haja a possibilidade de os formatos serem confundidos. Por isso, defendo que Fator X tenha uma dupla de apresentadores, mas que dela não façam parte nem João Manzarra, nem Cláudia Vieira, nem Bárbara Guimarães. A aposta em dois jovens com talento, como Rui Pêgo, Raquel Strada, Ana Rita Clara ou Vanessa Oliveira talvez fosse mais acertada.

E ainda antes de Fator X chegará à TVI um novo talent-show musical. Apresentado por Rita Pereira e por outro jovem, que ainda não é conhecido, Canta Comigo terá como jurados fixos Luís Jardim e Fátima Lopes. Sinceramente, ainda não consegui perceber muito bem a mecânica deste programa e não me poderei alongar muito mais sobre o tema, mas estou curioso para ver como é que a Helena de Remédio Santo se portará. Ela que como atriz vai muito bem, mas como apresentadora não é totalmente natural. Já o grupo de jurados, parece-me interessante, mas volta a ser notório que as televisões privadas têm como que um “encanto” por colocar apresentadores da casa no júri dos diferentes programas. Parece quase que uma “regra inquebrável”.

E, para fechar os destaques, falo-lhe de Manuel Cavaco, que conversou com a Correio TV desta semana sobre a sua saída da televisão de Queluz de Baixo e o ingresso na de Carnaxide. Gostei da sinceridade com que descreveu o ambiente que vive na SIC “não é melhor nem pior, é diferente” e da forma como não teve receios de deixar alguns recados à TVI. Mais uma vez volto a afirmar que creio que houve aqui uma grande falha por parte de Queluz de Baixo, até porque Manuel Cavaco deu várias provas de lealdade e profissionalismo para com a estação. Mas, quando há algo que não se pode mesmo fazer, o melhor acaba por ser aceitar convites de fora e, neste caso, a SIC ficou, claramente, a ganhar com a chegada de tão talentoso ator.

Manuel Cavaco Musicalmente Saindo

Terminados os destaques, as declarações que deram do que falar nos últimos dias:

“(audiências de Peso Pesado) São um estoiro. Até estamos a aniquilar a concorrência. É um momento muito engraçado que já não se vivia na SIC há muito tempo. Está tudo incendiado na estação. Sinto-me encantada”, Júlia Pinheiro (in Notícias TV)

“O diferendo com a TVI está resolvido. É algo em que me meteram, que eu não queria ser metido e tentei que não o fizessem. Fui o primeiro, acho que o fizeram talvez para dar o exemplo…”, Rogério Samora (in Mariana)

“Tudo tem surgido muito naturalmente e acho que é porque gostam do meu trabalho, porque estou a fazer o melhor que consigo, o melhor que posso”, Sara Matos (in Flash!)

“Tenho uma alegria enorme a gravar… eu e os meus colegas. E isso passa cá para fora, para as pessoas”, Débora Ghira (in TV Guia)

Antes das despedidas, a Rosa e o Espinho da semana:

Rosa

A notícia da doação de material bastante importante por parte de Júlio Isidro aos arquivos da RTP é mais uma prova do quão boa pessoa o apresentador é. Mesmo não tendo sido bem tratado pelo canal nos últimos tempos, Júlio Isidro dá mais uma garantia da excelente pessoa que é. O mais desta semana!

Espinho

O menos da semana vai para a SIC, que, de acordo com a Correio TV se prepara para estrear Não Há Crise no horário que antes pertencia aos diários de Peso Pesado. Sinceramente, uma péssima opção que, a confirmar-se, prova que as alternativas escasseiam pelos lados de Carnaxide.

E assim termina mais uma Frente de Destaques!

Até para a semana!

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