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Frente a Frente – 3 estreias: 3 sentidos

A Televisão
8 min leitura

Frente A Frente Frente A Frente - 3 Estreias: 3 Sentidos

Já está em linha mais uma edição do Frente a Frente. Depois de na edição passada termos destacado O Elo Mais Fraco, Casa dos Segredos e Peso Pesado, é agora a vez de as últimas apostas fora do horário nobre das estações generalistas serem analisadas. Assim, o magazine Cinco Sentidos, o concurso Dá Cá Mais 5 e, por fim, o programa conduzido por Maya, Cartas da Maya – O Dilema, contarão consigo para concordar ou não com o comentário apresentado… a partir de agora!

Cinco Sentidos

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Estreou no dia 2 de outubro o novo magazine que colocou um termo ao ciclo de Só Visto!, anteriormente conduzido por Daniel Oliveira. Depois de este ter partido para a estação de Carnaxide, dando a cara por Alta Definição, E-Especial, Fama Show, Os Incríveis, entre tantos outros, Marta Leite de Castro tomou o seu lugar no programa da RTP1. Mais tarde, e com um lote de repórtes da estação pública, deu aso a uma mudança em Só Visto!, que não foi suficiente para a direção de programas não pensar noutra aposta para o ínicio das tardes de domingo do primeiro canal.

Assim, chegou à grelha de programação da RTP1 5 sentidos, com o objetivo de prender mais telespetadores aos ecrãs. No entanto, esse objetivo falhou. Afinal, a concorrência é forte, e a estação de Carnaxide desde há muito tempo acolheu a preferência dos portugueses no horário em causa. Mesmo sabendo que o programa conduzido por Marta Leite de Castro ganhou um novo rumo, um novo sentido aliás, cinco novos sentidos, a verdade é que continua demasiado ligado a um magazine. Assim, e com rubricas novas, e igualmente um novo interesse, esta nova aposta não foi mais do que igual a tantas outras, mas com um nome diferente.

Com mais conversa, mais convidados em estúdio, mais conteúdo “presencial” para o telespetador, e menos “viajante”, este 5 Sentidos ganhou alguma vida com as alterações planeadas pela direção de programas do primeiro canal. Composto por várias figuras públicas durante a emissão, o programa da RTP1 consegue destacar-se, apesar desse aspeto, de Só Visto!.

Caraterizado igualmente por uma pitada de humor e igualmente uma promoção ao que é produzido pelo canal, 5 Sentidos ganha vida com os pontos de vista demonstrados pelas referidas presenças em estúdio, senda elas de atores, apresentadores, escritores ou provenientes outras áreas de conhecimento público.

Em conclusão, 5 Sentidos não vence, mas ganha alguns pontos no início das tardes de sábado da RTP1!

Cartas da Maya – O Dilema

Maya Cartas Da Maya O Dilema Frente A Frente - 3 Estreias: 3 Sentidos

Cartas da Maya – O Dilema foi, antes da estreia, uma verdadeira incógnita. Ninguém percebia o que iria sair dali, como seria o seu estúdio, o que o programa pretendia oferecer para além do que já se contava, ou seja, ver a Maya a “ler” cartas.

O horário a que o programa iria estrear pareceu certo desde o início: às 9h a SIC não tinha força e há muito que a RTP1, com a sua informação, dominava as audiências. Estava, assim, mais que visto que a estação de Carnaxide, se queria dar nas vistas e chamar a atenção dos telespectadores, teria que fazer diferente. E já o Nuno Santos, quando chegou à SIC vindo da RTP1, percebeu isso ao estrear, a essa hora, o Querido, Mudei a Casa da SIC Mulher, mas sem sucesso. Seria, então, o Cartas da Maya – O Dilema a melhor aposta? Esse é que era o verdadeiro dilema…

Quando o programa estreou, num dia improvável (a uma sexta-feira, a fazer lembrar a Era Penim!), percebeu-se logo que aquele era o caminho certo: um programa que nos tempos que correm iria chama a atenção dos crentes que procuram respostas positivas, bem como chamaria a atenção dos mais cépticos (nem que seja para ver o programa e se certificarem de que vale a pena continuar a não acreditar!). Nasceu, assim, um bom formato, bem produzido, bem conduzido e dinâmico. Pode-se até duvidar do que ouvimos, a Maya pode até seguir mais o seu instinto que a própria astrologia, mas o facto é que é impossível não ver por ser um mau programa, quando a Maya nem hesita quando fala e parece ser bem credível no que diz! “Gostos não se discutem”, é certo, mas os números falam por si: a SIC subiu muito os valores do horário e o Cartas da Maya – O Dilema até roubou tempo de antena ao Querida Júlia. Isto, a aliar ao facto de a estação ganhar dinheiro com as chamadas telefónicas, faz as delicias da SIC. Esta foi uma aposta ganha? Sem dúvida alguma… Isso é mesmo certo, não é dilema nenhum!

Dá Cá Mais 5

Depois de pagar as suas contas, no programa que marcou também a entrada de Fátima Lopes na TVI, Leonor Poeiras voltou à antena no horário que a caracteriza.

Dá Cá Mais 5 é a nova aposta da TVI para o horário da tarde, com transmissão entre A Tarde é Sua e Morangos com Açucar. Este novo programa, muito ao estilo de Quem Quer Ganha, já extinto, estreou no dia 24 de Outubro não merecendo muita atenção por parte dos telespetadores. No dia de estreia, não ultrapassou os 2,9% de audiência média e os 18,3% de share. Estes são resultados que, ao longo do tempo, e apesar de estar no ar há apenas um mês, se mostram constantes, sem alterações estimulantes.

Tendo por base os resultados audiometricos muito pouco cativantes, a verdade é que programas de entretenimento como estes são uma mais valia para a estação em causa por conseguirem receitas satisfatórias, mesmo em tempos de crise económica.

Comparando este concurso, com o seu similiar, são então muitas as semelhanças e diferentes apontadas entre Dá Cá Mais 5 e Quem Quer Ganha. Assim, é de salientar que o primeiro apresenta uma componente mais familiar, não só por ser jogado a pares, mas também porque eles são constituídos por membros da mesma família ou amigos próximos. Tal realidade leva a criar uma maior proximidade com os telespetadores. Mesmo assim, o tempo dedicado ao jogo de casa, acaba por afastá-los, sintonizando-se estes na concorrência.

O call-tv voltou desta forma à tardes da estação de Queluz de Baixo, levando-nos a perceber que este Dá Cá Mais 5 não irá deixar saudades quando terminar. Conseguirá o programa a remar contra a maré? O que lhe faltará para inverter este sentido?

Diogo Santos & Vítor Dínis

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