No mês em que se comemora os 40 anos da Revolução dos Cravos, a crónica Fora de Série não podia deixar de assinalar o dia da liberdade, esse importante marco na história do povo português, contudo, não espere discursos políticos, estaremos, porém, a celebrar o dia 25 de abril tendo como base o universo de séries televisivas, como aliás tem sido hábito, e de outra maneira não faria sentido.
Nesta primeira edição da temática Séries Histórias, a minha escolha tende para The White Queen, pois, junta duas questões que eu aprecio bastante. Não só por ter como base um conflito histórico, o qual decorreu em Inglaterra, entre 1455 a 1487, entre as casas reais Lancaster e York pelo trono Inglês, cujo resultado ainda hoje é debatido por historiadores. Como também o facto de a série focar a sua atenção no lado feminino do conflito, mais precisamente em Elizabeth Woodville (Rebecca Ferguson), Margaret Beauford (Amanda Hale) e Anne Neville (Faya Marsay), e a sua incessante busca pelo poder, nomeadamente a forma como influenciaram os acontecimentos, mesmo que alegadamente à sombra dos conflitos.
A questão mais fantástica, principalmente a parte da magica e bruxaria, introduzida na série, e levada a cabo por Elizabeth e Jacquetta, também não passa despercebida, e apesar de tudo não me pareceu algo despropositado. É verdade que está longe de ser uma representação à letra da época, não me parece, porém, que seja se quer esse o objectivo da série, mas estará com certeza mais próximo do género de séries como The Tudors, ou mesmo The Borgias.
Também não deixa de ser curioso que apesar de o foco de The White Queen estar em Elizabeth Woodville, Margaret Beauford e Anne Neville, a verdade é que na minha opinião quem acabou por brilhar foi Janet McTeer, atriz que deu vida a Jacquetta, a qual foi nomeada este ano para um Golden Globe, pela sua prestação na mini-série.
