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«Queer as Folk»

A Televisão
2 min leitura

Fora De Série2012

 

 

É preciso recuar à primeira metade de década de 2000 para recordamos uma das séries mais ousadas da televisão americana. Ainda a recuperar de uma passagem de milénio a irreverente Showtime apostava na versão americana de Queer as Folk baseada no original britânico de mesmo nome, criado por Russel T. Davies, que face ao pouco sucesso e à ousadia acabaria por ser cancelada ao fim de duas temporadas.

Qaf «Queer As Folk»

O nome da trama surge de uma brincadeira com um ditado inglês, «nobody is so weird as folk», em português ,«ninguém é tão estranho como nós»,  para «nobody is so queer as folk» que na língua de Camões se aproxima de «ninguém é tão bicha como nós». A viajar numa linha ténue entre o drama e a comédia, a retórica e a dissertação à volta da série não poupa criticas à comunidade gay como a obsessão pelo corpo ideal e pela eterna juventude, bem como o uso abusivo de drogas recreativas, o preconceito contra os mais velhos ou ainda o sexo desprotegido. Não existe por parte do criadores uma auto-censura no que respeita a apontar o dedo e mitificar o que nasceu para ser tabu.

Em Queer as Folk as personagens e as suas respetivas vida são o mais importante. Longe das estereotipadas personagens que se multiplicam em novelas e outras séries em que além da mera alusão à orientação sexual de cada um não existe qualquer referência à sexualidade dos indivíduos já que nem  tão pouco se beijam nas tramas.

A nu, literalmente, somos convidados a conhecer o dia a dia de Brian, Michael, Justin, Emmett, Ted e Ben, as suas frustrações as suas alegrias, as vitórias e as derrotas e no fundo incutidos a provar a uma sociedade ainda homofóbica e cruel que todos os seres humanos são no fundo, muito parecidos.

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