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Fringe

Diana Casanova
10 min leitura

As terças-feiras no TV Universo são Fora de Série!

Assim iniciamos mais uma edição da crónica que semanalmente analisa as séries da actualidade. Desta feita, vou procurar esmiuçar Fringe, uma criação de J.J. Abrams (responsável por dois dos maiores sucessos da televisão norte-americana – Alias e Lost) e produzida pela FOX.

Trata-se de uma história que arrasta os fãs para um universo onde predominam os fenómenos sobrenaturais e os efeitos especiais. O trio de protagonistas é composto por Olivia Dunham (Anna Torv), Peter Bishop (Joshua Jackson) e Walter Bishop (John Noble), sendo que o enredo da série gira em torno das descobertas científicas que Walter vai fazendo para auxiliar Olivia (agente do FBI) a resolver misteriosos casos que ocorrem em Boston. Estes estranhos fenómenos vão desde teletransporte, reanimação de mortos, universos alternativos, entre muitos outros que são enfrentados pela equipa Fringe. Por outro lado, também vão sendo revelados segredos relativos ao passado do trio, nomeadamente em relação às suas origens e àquilo que foram as suas interacções enquanto crianças. Assim, pode dizer-se que esta não é, de todo, uma comum série de polícias, pois conjuga a resolução de casos específicos de cada episódio, mas também vai progredindo na história global da série, descobrindo-se aquilo que realmente aconteceu no passado e que levou a que estes fenómenos todos fossem ocorrendo. Nem tudo é o que parece.

Pode, então, dizer-se que se trata de um drama de ficção científica, mas em que também existem momentos de comédia hilariante, com particular destaque para o cientista Walter e as suas interacções tanto com o seu filho, Peter, como com a sua assistente Astrid Farnsworth (papel desempenhado pela actriz Jasika Nicole e que tem vindo a ganhar relevo com o decorrer das temporadas).

De referir, ainda, que Fringe está na sua 3ª temporada nos EUA, mas no nosso país terminou há dias a 2ª temporada, pelo que procurarei não revelar todos os segredos desta série, por forma a evitar que perca o interesse ou o efeito surpresa quando chegar ao nosso país. Tecerei apenas comentários gerais em relação a Fringe.

Para começar, como habitualmente, apresento-vos as promos da série, diferenciando por temporada, ficando ao vosso critério qual(ais) desejam ver.

Temporada 1

(legendado em português)

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Temporada 2

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Temporada 3

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Quem é quem?

Walter Bishop (John Noble)

É aquilo a que se pode chamar de cientista maluco. Um homem que esteve no topo do mundo com a sua investigação em parceria com William Bell, mas que perdeu tudo, inclusivamente a sanidade mental, quando perdeu o seu filho. Contudo, Olivia sabe bem do seu valor e quer contar com ele, mas para isso, tem de obter a ajuda de Peter.

As características que mais se destacam no Dr. Walter são a inteligência, humor e boas intenções. Embora muitas das suas acções no passado possam ser condenáveis, a verdade é que se fica com a sensação que as suas intenções eram as melhores, pelo menos para aqueles que o rodeavam.

John Noble está absolutamente irrepreensível neste papel, creio que merecia uma nomeação para um Emmy/Golden Globe. Do meu ponto de vista, muito do sucesso da série se deve à sua personagem e a forma como a desempenha, obviamente não esquecendo o enredo de Fringe que é absolutamente viciante.

Olivia Dunham (Anna Torv)

É uma agente do FBI que dedicou a sua vida inteira a resolver casos de polícia. Agora tem casos sobrenaturais de polícia para resolver, com a ajuda de Peter e Walter. A realidade é que também ela desconhece boa parte das suas origens, das experiências a que foi sujeita e que a tornaram na mulher que é hoje. Obstinada pelo trabalho, muito empenhada e competente, mas também leal e corajosa.

Anna Torv tem vindo a encontrar o seu registo nesta série, sendo de realçar o incrível progresso que realizou da 1ª temporada para as seguintes. É uma actriz que, na minha opinião, já merecia uma nomeação para um Emmy ou Golden Globe, pelo seu desempenho, em particular na 3ª temporada.

Peter Bishop (Joshua Jackson)

É filho de Walter e herdou do pai o interesse pelo conhecimento, revelando um QI muito elevado. É em torno dele que gira boa parte da história de Fringe, pois Walter esconde vários segredos acerca do passado do filho, que vão sendo descobertos por Peter e vamos acompanhando como ele lida com esse conhecimento das suas origens.

Peter era uma espécie de fora da lei que é recrutado por Olivia e pelo FBI para que “cuide” de Walter, no sentido deste ajudar na resolução dos tais fenómenos sobrenaturais. É esta relação de pai e filho que também vai evoluindo, de uma ligação fria para momentos de raiva, até chegar uma fase de aceitação de ambas as partes, assim que alguns dos segredos são descobertos.

Joshua Jackson está bastante bem no papel de Peter e, quanto a mim, também tem vindo a evoluir consideravelmente, embora ache que o seu desempenho talvez fique um pouco àquem, se comparado com Anna ou John.

O elenco conta ainda com Astrid Farnsworth (Jasika Nicola), Phillip Broyles (Lance Reddick), Nina Sharp (Blair Brown) e Charlie Francis (Kirk Acevedo). São eles que integram a restante divisão Fringe e Nina Sharp integra a multinacional Massive Dynamics.

Por que não devo perder Fringe?

Na minha opinião, esta é uma das melhores séries da actualidade. Consegue oferecer não só acontecimentos diferentes e inesperados a cada episódio, mas também momentos de humor absolutamente incríveis, bem como uma carga emocional forte que foi crescendo ao longo das temporadas. A verdade é que considero que a série vale muito pelo seu enredo (de segredos e surpresas) mas também pelo elenco que a compõe, com particular destaque para John e Anna.

Não obstante ter começado de uma forma algo inconstante, na primeira temporada, creio que a história tem vindo a evoluir muito, aumentando o interesse na mesma, no sentido em que foram sendo revelados muitos segredos que só nos deixam mais expectantes e desejosos de saber  que vai acontecer a seguir. De facto, creio que houve alguns episódios demasiado “soltos”, que pouco desenvolveram a história global do trio de protagonistas, mas a realidade é que a 3ª temporada está incrível. Não vou revelar mais, mas posso dizer que é talvez a melhor temporada de Fringe, pelas surpresas e desenvolvimento das personagens que têm ocorrido. A não perder!

O que pode ser melhorado?

Creio que só a questão de manter alguma coerência e consistência entre os vários episódios, no sentido de o que no episódio anterior era quase impossível de fazer e apenas uma pessoa o conseguiria fazer, hoje já é possível de ocorrer a um dúzia de pessoas e num abrir e fechar de olhos. Só tenho este ponto negativo a apontar e que também não posso revelar muito mais para que não “estrague” as surpresas que vêm por aí.

Onde posso ver?

Actualmente a 2ª temporada já terminou de ser exibida na FOX, não havendo ainda data de estreia para a 3ª temporada.

Curiosidades:

  • Recentemente, Fringe, que era transmitido às quintas-feiras nos EUA, passou para as sextas-feiras, o horário que é considerado o death slot do canal FOX. Espero que consiga vingar neste novo horário, pois seria uma pena a série ficar-se pela 3ª temporada.
  • A título de curiosidade, apresento também o significado daqueles símbolos que são mostrados aquando dos intervalos e vão surgindo disfarçadamente durante os episódios. São letras que podem ser conjugadas para revelar palavras.

Fonte: http://fringe-se.blogspot.com/2009/10/os-simbolos-em-fringe.html

Fringe tem muito mais para desvendar, muito mais para conhecer. Mas deixo isso para cada um dos fãs da série, pois é mais saboroso descobrir por nós próprios. Termino assim mais esta edição do Fora de Série. Até para a semana.

Diana Casanova

Redatora e cronista