Não serão muitos aqueles que não acompanharam o final de Breaking Bad que ocorreu no passado dia 29 de setembro de 2013. As reacções, essas, foram unânimes – foi o final de uma das melhores séries de sempre. Com um enredo que prima pela sua diversidade e ao mesmo tempo inovação, somos confrontados com a vida de Walter White – papel desempenhado de forma brilhante por Bryan Cranston – que é um professor de quÃmica que se vê confrontado com o diagnóstico de um cancro incurável. A partir daÃ, transforma a sua vida e ingressa no mundo do crime para sustentar a sua famÃlia.
Em Breaking Bad vêmo-nos perante um sentimento de devoção para com a famÃlia e com uma filosofia de vida que nos mostra as consequências das acções de cada um. É com base nestas crenças que a série e as suas personagens se vão relacionando e o enredo se vai desenvolvendo com desempenhos absolutamente brilhantes, ou não tivessem já sido por diversas vezes distinguidos – sendo que a série foi mesmo nomeada como a 13ª série com melhor escrita de sempre pelos Writers Guild of America.
Efetivamente uma série sombria e com um humor negro, a verdade é que somos confrontados com algumas questões existenciais. O que separa, afinal de contas, o Bem do Mal? O que define esses conceitos – as ações, as intenções, ou os meios para atingir os fins? Breaking Bad leva-nos a refletir acerca da importância da famÃlia, mas também daqueles que são os sacrifÃcios e extremos a que se recorre para os proteger, para lhes proporcionar melhores condições de vida, particularmente em situações de crise como a que (ainda) vivemos hoje.
Pelo elenco, história e questões que colocou, Breaking Bad foi desde 2008 uma referência na televisão internacional e não apenas mais uma série como tantas outras cujo único objetivo é encher as grelhas dos canais mundiais. Mas a sua legião de fãs não se ficará por 2013, certamente, com o tempo, confirmar-se-á como um clássico e o ano passado será recordado como o ano em que Breaking Bad terminou.
