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Flash Interview com Jayme Matarazzo – «Tempo de Amar»

Diana Casanova
6 min leitura
Imagem: Globo

Se estreia em televisão, então os seus protagonistas estarão em Flash Interview para falar das suas expectativas e ambições. É o caso de Jayme Matarazzo que regressa agora à televisão como o vilão de Tempo de Amar, a nova novela do canal Globo. A sua estreia acontece já esta noite, dia 13.

Apresente-nos Fernão, seu novo personagem em Tempo de Amar?

O Fernão é um menino recém-formado em Medicina, em Coimbra. Ele foi muito mimado pela mãe, é muito ambicioso e um pouco ganancioso. Gosta de viver uma vida boa e, desde a infância, é apaixonado pela Maria Vitória (Vitória Strada), com quem tem um casamento prometido, algo comum na época. Mas quando ele volta de Coimbra com o intuito de concretizar essa união, percebe que a Maria Vitória está apaixonada por outro rapaz, que, na visão de Fernão, é muito inferior a ele. Fernão começa então a sofrer indignação, rejeição e vai perdendo um pouco o chão. Ele vai cometer algumas loucuras por esse amor e também, na visão de alguns, maldades. Ele não vai aceitar essa rejeição muito bem e vai colocar fogo na lenha no amor entre a Maria Vitória e o Inácio (Bruno Cabrerizo).

O Fernão vai tentar atrapalhar o relacionamento de Maria Vitória e Inácio?

Eu tenho certeza que sim. O Fernão não vai deixar barato e acredito que ele seja uma pessoa que não mede esforços para conseguir o que quer. Podemos esperar muitas surpresas maquiavélicas dele para reconquistar o amor de Maria Vitória.

Este é o seu primeiro vilão. Como está a expectativa para essa nova experiência profissional?

É muito bom poder ter um desafio diferente e um novo registro. Acho que é muito legal como ator poder mostrar novas cores e novos olhares. Eu venho de alguns personagens de bom caráter, mocinhos do bem que sofrem muito por amor, e é legal ter agora a oportunidade de me colocar do outro lado. Também acho que apesar do Fernão ser um vilão, ele poderia muito bem ter sido um mocinho, caso não tivesse sido rejeitado. Mas esse amor vai realmente fazer com que ele perca qualquer tipo de razão sobre os seus atos. É muito bom poder viver essa nova aventura como ator.  Esse vilão vai me conquistar e será difícil para mim não querer fazer apenas papeis de vilões, pois é bom poder fazer maldades na ficção, viu? [risos]. Eu me considero um cara muito do bem e de bom de coração, e é muito bom poder viver algo que é distante da minha realidade.

E como foram as gravações no Sul do Brasil?

O Rio Grande do Sul é muito lindo, cheio de histórias e com locações tão vivas. Acho que conseguimos encontrar um lugar onde realmente conseguimos contar um pouco sobre Portugal e, ao mesmo tempo, absorver um pouco do que a história do local carrega. Para nós atores, é sempre interessante poder entrar, tocar em paredes e respirar um ar que é tão carregado de histórias. É sempre um acréscimo quando conseguimos absorver sentimentos que emprestamos aos nossos personagens. Portanto, gravar em locações reais é sempre um ponto positivo. É uma arma que conseguimos usar, assim como as que nos propiciam o figurino, a caracterização e o trabalho de direção.

A Vitória Strada e o Bruno Cabrerizo estreiam a primeira novela deles na Globo. Como está sendo trabalhar entre os dois?

Eu acho que um dos grandes pontos positivos de Tempo de Amar é estar trazendo para a trama dois atores que o público brasileiro ainda não conhece. São dois profissionais muito dedicados. A Vitória traz frescor e juventude à história. Ela é uma atriz aberta, entregue ao trabalho e muito sensível. Acho que o púbico irá conhecer mais um grande talento da nossa televisão. Já o Bruno, vem com uma experiência incrível de Portugal, e acho que ele consegue trazer um pouco dessa bagagem para a trama. Aprendemos  costumes portugueses com ele, trejeitos de falar, histórias e músicas portuguesas que ele nos apresenta. É sempre bom para a TV brasileira estar revelando novos atores. Acho que o nosso país é muito rico em termos de talento.

E o que você acha que o público pode esperar de Tempo de Amar?

O público pode esperar uma linda história de amor. Eu acho que a gente vem falar sobre amor, quando é de facto tempo de amar. Vivemos um momento difícil em que o amor, a família e as relações são às vezes esquecidas com tanta maldade e crueldade que enfrentamos no nosso país e no mundo. Por isso, acho que não há coisa melhor do que falar de amor. O público brasileiro gosta desse tipo de trama e pode esperar por isso. A gente gosta de dizer que essa história é um Romeu & Julieta mais moderno, e que ao mesmo tempo se passa em 1927, uma época grandiosa. Além disso, há um contexto rural, humano e real. Acho que temos bons ingredientes para contar uma bela história de amor.

Redatora e cronista