A semana passada a TVI confirmou a sua aposta numa versão portuguesa de Masterchef para 2014. O formato, adaptado pela RTP em 2011, marca assim a estreia de uma estação privada nos concursos culinários. Até agora só a RTP1 tem explorado este género, com resultados discretos, e mantém essa aposta com a estreia de Chef’s Academy. Por outro lado, o cabo está inundado de programas de culinária dos mais variados tipos.
Esta aposta em Masterchef é algo arriscada. Enquanto lá fora o género crescia em popularidade e se multiplicavam estes formatos, em Portugal a linha dos reality-shows (do género Big Brother e Secret Story) e dos talent-shows musicais continuou a dominar, com exceção do bem-sucedido Peso Pesado da SIC. Se a RTP1 deu o primeiro passo, mas sem grandes ambições de liderança e num contexto diferente, a TVI certamente quer que este Masterchef seja um dos seus trunfos para segurar a liderança no inÃcio do próximo ano.
O último exemplo de uma aposta da TVI num formato pouco habitual na estação, Dança com as Estrelas (igualmente «transferido» da RTP1), revelou algumas fragilidades e não conseguiu liderar de forma expressiva. Pode acontecer o mesmo com Masterchef, embora isso também vá depender tanto dos concorrentes como do modelo que a estação de Queluz irá adotar para o concurso – e diz-se que pode ser diário, à semelhança da versão australiana. Para já, o que se sabe é que a TVI vai fazer uma pausa nos reality-shows e apostar em algo diferente, e só isso já é positivo.
