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Uma alternativa relevante

A Televisão
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Falar Televisão

Depois de sucessivos atrasos, adiamentos e mudanças de planos, arrancou ontem a nova programação da RTP2, que conclui o processo de transição da produção do segundo canal do serviço público para o Centro de Produção do Porto da RTP. A maior novidade da nova grelha é o regresso do Jornal 2, agora a partir das 21h.

A escolha deste horário para o espaço informativo, depois da experiência de um jornal à meia-noite durante o ano de 2013, pretende trazer o noticiário da RTP2 para um horário de maior visibilidade. O problema é que o Jornal 2 irá concorrer durante boa parte da sua transmissão com os longuíssimos jornais da SIC e da TVI, e durante os primeiros 15 minutos concorrerá também com o próprio Telejornal da RTP1. Isto para não referir os jornais dos canais informativos do cabo (incluído o da RTP Informação). Uma aposta discutível que representa um desafio para a equipa da RTP Porto responsável pelo noticiário. À primeira vista, o Jornal 2 segue a linha editorial tradicional da informação da RTP2, com enfoque nas notícias essenciais e espaço para a entrevista e a análise, tudo num jornal mais curto que os outros. Algo que um simples simulcast com um jornal da RTP Informação não assegurava.

Entre as outras novidades destaco o regresso do Sociedade Civil ao horário original (14h00), com novo cenário e grafismo – bem precisava! Um verdadeiro programa de serviço público, mas com audiências bem próximas dos zero pontos de share, veremos se consegue inverter a tendência. No dia da mudança da grelha a RTP2 apresentou-se de cara lavada, substituindo o seu desgastado grafismo por um novo. Pessoalmente achei os novos separadores bem mais fracos que os anteriores, e sem a originalidade e o dinamismo que o grafismo da RTP1 trouxe em 2013, por exemplo.

A nova grelha está longe de ser perfeita, mas é bom ver que finalmente parece haver uma estratégia a longo prazo para a RTP2. Tenho dúvidas que o objetivo assumido pelo novo diretor (atingir os 4% de share em 2015, o dobro do atual) possa ser alcançado, mas a RTP2 precisa urgentemente de recuperar e voltar a ser uma uma alternativa relevante.

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