Independentemente da passagem atribulada da Televisão Analógica para a Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal e que daria para uma outra cronica é sobre a promessa da criação de um quinto canal generalista que este Falar Televisão se debruça.
A falta de transparência que conduziu este e outros processos da mesma natureza deixaram as estações e os possíveis interessados de pé atrás resultando novamente num impasse que deita por terra o sonho dos telespectadores portugueses de verem mais um canal generalista e que reforça a ideia de que Portugal tem uma das piores, senão mesmo a pior, TDT da Europa.
Do ponto de vista da concorrência talvez o mercado não esteja preparado, mas se um novo canal servir para regular por cima a qualidade da atual diversidade, ou falta dela, esta licença e as novas ideias são sempre bem-vindas. Num país tão habituado a assentar as suas grelhas nas novelas e reality shows a falta de preparação dos dois projetos que foram recusados é digna de um bom guião de um qualquer programa favorito dos portugueses.
A julgar pela falta de cuidado que apresentaram o novo canal podia não podia ser mais interessante para os telespectadores mas levaria a uma ligeira perda de qualidade. Tudo depende do canal a introduzir e do seu interesse público mas dada a conjuntura atual quanto mais apelativo para os cidadãos mais hipóteses teria de ser escolhido não fosse todo este processo entrar numa verdadeira luta entre os interesses políticos e os públicos.
