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Todos ficam a ganhar

A Televisão
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Este final de tarde trouxe consigo uma notícia que veio abanar, mais uma vez, com o panorama televisivo nacional: José Fragoso saiu oficialmente da RTP e tem já a sua espera o cargo de diretor de programas da TVI. Surpreendente? Nem por isso. Há muito que se adivinhava esta transferência, justificada pela privatização da RTP que dava como certa a saída do atual diretor de programas. Bastou o PSD (partido que prometia essa mesma privatização) ter ganho as últimas eleições legislativas para se tratar apenas de uma questão de tempo até à consumação desta saída de Fragoso.

E a verdade é que, a partir de agora, todos ficam a ganhar. Por um lado, a TVI que, com um novo diretor de programas, põe fim a um longo interregno de 6 meses sem um rosto na chefia da direção de programas e deposita assim em Fragoso a solução para todos os graves problemas que têm vindo a acontecer desde há umas semanas para cá na estação (ainda) líder em Portugal. Fragoso chega a Queluz de Baixo numa altura em que a estação acentua de forma negra o declínio tremendo nas audiências, com um horário nobre que perde cada vez mais vezes para a concorrência e com cancelamentos de programas que se tornaram autênticos “flops” televisivos. Desta forma, o ex-diretor de programas da RTP irá ter o papel de um autêntico messias na Televisão Independente.

Por outro lado, a RTP também fica a ganhar. Não havia nome melhor para a substituição de Fragoso do que o nome de Hugo Andrade. Ex-diretor adjunto de programas do canal 1, Hugo Andrade deu já provas dadas do seu excelente trabalho ao longo dos últimos três anos no relançamento do canal RTP Memória e, a meu ver, também não irá desiludir enquanto estiver à frente da direção de programas da RTP.

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