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«Tempo de Viver», a telenovela que Cruza os Destinos de duas famílias

A Televisão
3 min leitura

Falar_Televisao 2012

Num período em que a TVI vê a sua liderança ameaçada e que tem como ponto fraco o primeiro período do horário nobre, assistimos, nos últimos meses, a uma quebra do consumo televisivo no que diz respeito às novelas da noite.

Perante esta intimação a TVI vê-se assim forçada a reconquistar a liderança total do horário nobre, com a finalidade de não perder um lugar garantido no degrau mais alto do pódio das estações televisivas mais vistas. Assim, a TVI investe tudo numa nova novela, assinada pelo já galardoado com um Emmy Internacional António Barreira e interpretada por um elenco intitulado de luxo. Estou obviamente a referir-me a Destinos Cruzados.

Muito se especula, portanto, sobre a razão que levou a este decréscimo. Há quem pense que se deve ao chamado «encher chouriços» que se tem vindo a constatar nestes últimos anos. Há também quem atribua a culpa à troca habitual dos horários das novelas, o que acaba por não permitir uma fidelização do público a uma determinada telenovela. Já eu penso que este abalo se deve a um ritmo de história que já havia sido adquirido e que nas últimas produções se tem vindo a desvanecer.

Porém, e se sentimos falta desse tal ritmo, podíamos e deveríamos ter assistido à, agora terminada, telenovela da hora de almoço da TVI Tempo de Viver. Uma novela sem tempo morto. Uma novela em que há sempre algo a acontecer. Uma telenovela que não nos deixa sequer levantar do sofá para fazer xixi.

Quem se irá esquecer da malvada Maria Laurinda? Quem se esquecerá das intrigas e dos ininterruptos conflitos entre a família rica detentora da maior cadeia de joias do país e a humilde família completamente desprezada pela terrível Maria Laurinda? Um produto televisivo encabeçado pela maravilhosa atriz Margarida Vila-Nova, detentora de uma personagem intriguista, imprevisível e sem sombra de dúvida com sede de dinheiro.

Tempo de Viver é um espelho perfeito da atual sociedade. É uma história repleta de contratempos. Mortes inesperadas, aparecimentos surpreendentes, atropelamentos inconvenientes, tiros mordazes, discussões arrebatadoras. Mistérios e segredos acima de tudo. Nela podemos assistir aos dramas da alcoólica Bárbara, aos esquemas maquiavélicas da Maria Laurinda e principalmente às trocas de ofensas, afrontas, respostas e frases cáusticas da interesseira Lídia Martins de Mello.

Posso assim concluir que Tempo de Viver é o verdadeiro exemplo do que é e deve ser a novela. Líder em todo o seu percurso de exibição e em reexibição… na nossa memória.

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