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Sucesso certo

A Televisão
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Falar Televisão

Ontem – segunda-feira, dia 11 – O Preço Certo fez um dos seus melhores resultados nos últimos tempos, com 11,0% de rating e 27,2% de share, tendo conseguido liderança folgada no acesso ao prime-time. No seu melhor minuto, às 19h58 (precisamente no final e na transição para o Telejornal), mais de 1 300 000 espectadores quiseram saber se o concorrente tinha ganho a «montra final».

Para quem acompanhe regularmente as audiências isto está longe de ser uma novidade: O Preço Certo fraqueja sempre no verão e consegue os seus melhores resultados com a entrada do horário de inverno, é assim há anos. Impressionante é a resistência do formato ao passar do tempo. Ao longos dos seus 11 anos de história, o concurso de Fernando Mendes já viu a estratégia da concorrência mudar, passou pelo auge dos Morangos com Açúcar, pelo fracasso de outros concursos e de Nós por Cá na SIC, e nos últimos tempos pelo regresso em força das novelas da Globo ao horário do final de tarde. Sofreu um pouco com a mudança da medidora de audiências, mas continuou a ser quase sempre o programa mais competitivo da RTP1 e um dos «pilares» da estação pública.

Quando a RTP passa por fases mais conturbadas, voltam sempre à discussão (e às capas de jornal) salários e gastos da estação pública. Aponta-se o dedo a esta e àquela «estrela» da RTP e ao seu salário. Fazê-lo com Fernando Mendes não faz sentido. Ao longo dos últimos 11 anos, O Preço Certo não só foi um dos «motores» da recuperação das audiências da RTP1 (principalmente na segunda metade da década de 2000), como foi o principal impulsionador das audiências do Telejornal. A RTP deve a Fernando Mendes não só o sucesso do seu concurso, mas também o facto de o seu noticiário principal ter (até à entrada da GfK) disputado a liderança do horário. Não sei quantificar isto, mas ultrapassará em muito qualquer dos valores que enchem as manchetes de alguns jornais.

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