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Quem vê SIC Caras, vê a SIC Mulher

A Televisão
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Na próxima sexta-feira iniciam-se as emissões da SIC Caras, o novo canal temático da SIC. Com emissão em exclusivo na ZON, o canal propõe-se a mostrar «o outro lado dos famosos», e terá vários conteúdos dedicados ao entretenimento e ao mundo do espetáculo, com forte presença de produção nacional. Além de novos programas com caras da estação de Carnaxide, o canal dirigido por Daniel Oliveira irá repetir os magazines emitidos pela SIC generalista ao fim de semana. Entre os programas estrangeiros do canal incluem-se a série The Tudors, o Martha Stewart Show e o concurso musical The Voice.

Não vale a pena estar aqui a discutir a «utilidade» (ou a futilidade) dos programas sobre celebridades. Hoje estes assuntos têm uma presença cada vez mais alargada na comunicação social, chegando a estar presentes nos telejornais, muitas vezes com critérios e destaque altamente questionáveis. O problema da SIC Caras é que um dos canais com os quais provavelmente irá disputar público é… a SIC Mulher, canal-irmão de cuja programação a SIC Caras parece distanciar-se pouco. Se o novo canal não criar valor acrescentado, não se diferenciar, poderá ser vista como uma «SIC Mulher 2».

A ânsia das operadoras em ter canais exclusivos pode às vezes levar à prática projetos mal desenhados, sem identidade, redundantes e que se tornam fracassos de audiência (sim, estou a falar do +TVI). Criar canais «por tudo e por nada» não me parece boa estratégia. Louve-se, no entanto, a sinergia entre a SIC e a revista Caras, duas marcas emblemáticas do Grupo Impresa. E acredito que Daniel Oliveira, neste novo desafio, tem capacidades para estar ao leme do canal 14 da ZON.

 

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