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Privatização problemática

A Televisão
2 min leitura

A privatização da RTP1 é ainda muito controversa. Com as medias de austeridade a serem aplicadas pelo governo de Pedro Passos Coelho, a estação pública será uma das vítimas, com um corte orçamental bastante elevado. A existência de contratos milionários de determinados comunicadores, com salários que ultrapassam em larga escala os dez mil euros, torna-se totalmente incoerente.

Assim, e com o futuro de uma possível privatização as direções das estações de televisão privadas já se estão a pronunciar sobre um futuro demasiado temido. A verdade é que com a fuga dos telespetadores para os canais temáticos, e com a aposta dos anúncios no Cabo, as receitas publicitárias das generalistas tendem a diminuir.

O facto de a privatização do primeiro canal levar a RTP1 a receber 12 minutos de publicidade, em vez dos normais seis minutos, levará a várias alterações junto dos custos de produção da oferta da concorrência. Se, atualmente, já verificamos que muitos dos conteúdos transmitidos se pautam pela falta de originalidade, passando apenas por uma mistura de outros programas passados, como será o futuro?

Questiono se será possível a aposta das privadas em reality-shows ou, porque não, em futebol. Apesar de ter a noção de que as estações de televisão não se pautam pela pobreza, muito pelo contrário, é necessário ter em conta que a crise não afeta apenas alguns, mas uma grande maioria.

Por outro lado, como se sentirão as estrelas da RTP1? Inseguras em relação ao seu futuro ou em relação ao seu ordenado? Segundo algumas informações disponibilizadas, os seus salários só iriam ser repostos após a conclusão das exclusividades. Apesar disso, e sabendo que o primeiro canal sempre teve um “buraco” bastante consistente, qual o propósito de se oferecerem quantias monetárias exurbitantes para, supostamente, trabalhar em serviço público?

Perguntas sem resposta, mas que brevemente serão alvo de mais e mais críticas pelos visados no presente, no futuro… e por todos nós!

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