Os resultados que Rosa Fogo tem vindo a obter nestes primeiros dias, sem efeito Laços de Sangue, têm sido bastante preocupantes. Os diários de Peso Pesado não convencem como os da primeira temporada convenciam, mesmo quando fogem da competição direta com os diários de Secret Story, e a nova novela da SIC acaba por ir por arrasto e ficar, também ela, muito longe da concorrência da TVI, ao contrário do que Laços de Sangue obtinham nas mesmas condições ou até em contextos bem mais negros, como por exemplo, quando Não Há Crise ocupava o horário das 21h30.
Claro que nem todas as novelas têm necessariamente que ser tão bem conceptualizadas como foram Laços de Sangue. Mas a verdade é que a própria narrativa de Rosa Fogo tem vindo a ser fiel aos números que obtém: fraca. Antes de mais, a falta da “mãozinha” da Globo é perfeitamente notória. Os textos são fracos, os protagonistas demasiado novatos e o enredo acaba por se tornar demasiado entediante, fruto do péssimo encadeamento que é dado a cada um dos episódios, à exceção dos excelentes núcleos humorísticos dos quais fazem parte Inês Castel-Branco ou Maria Emília Correia.
A verdade é que a prestação de Rosa Fogo nesta sua primeira semana tem sido aflitiva e tem manchado o horário nobre da SIC, até aquilo levado a bom porto por Laços de Sangue. No fundo, esta novela é o excelente exemplo de que não é apenas por se contar com uma boa autora ou com alguns nomes mais reconhecidos no seu elenco para se obter o sucesso instantâneo. A máquina é muito mais complexa e precisa de uma muito maior engrenagem do que isso.
