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Pelas Ruas da Madrugada

A Televisão
3 min leitura

Parecem longínquos os tempos em que TVI e SIC ocupavam as suas madrugadas com os concursos telefónicos de onde saíram algumas caras bonitas que mantinham os telespetadores acordados e vidrados nos decotes tão generosos quantos os prémios oferecidos. Dos programas de call-tv saíram Iva Lamarão – tão mal aproveitada pela SIC (talvez um assunto para um Falar TV mais adiante) – e Liliana Aguiar que ainda que não tenha carreira televisiva enche as revistas do coração.

Mas nem é do talento ou da falta dele, que preenchia a televisão (não só de madrugada), que pretendo chamar a atenção. Independentemente do maior ou menor talento para a apresentação, sinto falta, e não serei o único de um programa que me faça companhia nas noites em que a almofada não é a nossa melhor amiga. Qualquer produto que não passe pelas televendas é a meu ver mais aliciante e prende mais a atenção que as imagem dobradas e repetidas vezes e vezes sem conta que podem ser vistas pelos mais distraídos nos três canais quase que hipnotizando aqueles que por falta de alternativa mais nada podem ver. É que em altura de crise mostrar tanta coisa inútil para comprar é pior que bater no ceguinho.

Que as madrugadas serão por ventura o pior período televisivo e onde os anunciantes nem chegam perto, por outro lado, uma televisão também se faz da forma como trata os seus seguidores e que ação de charme seria premiar o notívagos com um programa leve que não puxe pelo inteleto mas faça companhia aos que a altas horas escolheram a televisão para lhes fazer companhia. Quantas vezes dei por mim, recém-chegado a casa das mais diversas atividades lúdicas a precisar de ser embalado pelo televisor e não pude desfrutar de um espaço que não se assemelhe a um mega centro comercial americano. Aos que partilham da minha angustia melhores dias, ou noites virão. Aos que fazem televisão, e decidem tais coisas, lembrem-se que um dia tem 24 horas e à noite  também há quem viva.

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