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O salto de RAP

A Televisão
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Falar Televisão

Quando no passado mês de dezembro a SIC exibiu A Solução, o happening televisivo dos Gato Fedorento, o sinal que enviou ao mercado televisivo foi que, apesar do prolongado afastamento dos ecrãs os humoristas não punham de parte um regresso à TV, e que mantinham uma relação privilegiada com a SIC. É certo que entretanto Ricardo Araújo Pereira já tinha presença regular na TVI24 desde que o Governo Sombra saltou da TSF para o pequeno ecrã, mas este não é propriamente um programa de humor.

A notícia da estreia na TVI de Melhor que Falecer, em abril, não deixa de ser uma surpresa. Não só pela pouca tradição da TVI no humor (embora os Gato sempre tenham sido desejados em Queluz de Baixo), mas principalmente porque RAP assume pela primeira vez um formato televisivo pessoal. RAP sempre foi o mais mediático e versátil membro dos Gato Fedorento, mas é a primeira vez que tem um programa de humor a solo na TV. Diz-se que pontualmente os restantes membros do grupo poderão participar em Melhor que Falecer, mas não há dúvidas de que não se trata de um programa dos Gato Fedorento, mas sim de RAP. Veremos que efeito isso poderá ter na continuação dos Gato enquanto grupo.

O formato será exibido diariamente após o Jornal das 8 e terá apenas cinco minutos. Esta curta duração é justificada com o facto de o programa ser uma espécie de transposição do espírito de Mixórdia de Temáticas (rubrica diária de RAP na Rádio Comercial, do mesmo grupo da TVI) para a TV. Mas tendo em conta as «queixas» dos Gato Fedorento sobre a dificuldade de fazer programas diários de 30 minutos no seu último projeto na SIC, certamente essa terá sido uma exigência do humorista. Os efeitos que Melhor que Falecer terá nas audiências da TVI, por muita curiosidade que possa despertar, serão sempre limitados. Poderá, no entanto, atrair para a estação de Queluz público que não tem grande afinidade a um canal de novelas e reality-shows.

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