fbpx

O kindergarten da Babá

A TelevisĂŁo
3 min leitura

Bárbara Guimarães é o estereótipo do boneco televisivo. Apresentadora de mão cheia, ela é daquele tipo de profissionais que se adapta a qualquer registo, a qualquer programa. Mas sempre no seguimento da sua linha, aparentemente, plástica, supérflua, vaga. Sempre assim foi. E nem a melhoria evidente no salto que a apresentadora deu no Portugal Tem Talento evitou que a “Babá” deixasse de ofuscar a verdadeira Bárbara, que, acredito que ainda exista e que seja sensivelmente diferente daquilo a que estamos habituados a ver da apresentadora no pequeno ecrã.

Na quinta edição do Ídolos, ainda no ar, ela foi a escolhida para ocupar o lugar cativo do elemento feminino no júri. Conhecimentos musicais, duvido que os tenha em grande escala. Ou, pelo menos, em tão grande escala quanto Roberta Medina, a sua antecessora. Mas, a verdade, é que Bárbara acaba por se tornar num acontecimento televisivo pela sua maneira de estar, por muito que eu e tantos como eu não a apreciemos. Por isso, escolhe-la como jurada de um talent show, onde os seus colegas são, ainda por cima, figuras como Pedro Abrunhosa ou Tony Carreira, só veio mostrar a intenção da produção do programa em descentralizar o júri da figura ideal dos “sábios” para colar esse mesmo júri na figura plástica das “estrelas”. E para isso está lá Bárbara.

Mas o que era, Ă  partida, incalculável seria a força da rĂ©plica que essa aposta teria. E com um ĂŤdolos pelas ruas da amargura, com audiĂŞncias flop, esmagado pelo mega-sucesso das imitações da TVI, Bárbara GuimarĂŁes quis ir mais alĂ©m. Muito ela, nĂŁo se resignou e fartou-se de nĂŁo ser a verdadeira estrela, a apresentadora. Na Ăşltima gala, aquando da sua intervenção, nĂŁo teve meias medidas e começou a entrevistar duas crianças que se sentavam ao lado dela. Cláudia Vieira, a hipotĂ©tica apresentadora, assistia a tudo de braços cruzados. Bárbara, a hipotĂ©tica jurada, criava o “momento televisivo”. OpiniĂŁo, nem vĂŞ-la. Mas a entrevista que se justificava Ă s pobres crianças ali estava. Infelizmente, sem grande resultado para a SIC. As audiĂŞncias nĂŁo subiram, ao invĂ©s do ego da Babá e das “trombas” de Manuel Moura dos Santos, enquanto balbuciava: “Oh Barbarela, acaba lá com o kindergarten!…”.

 

Siga-me:
Redactor.