A televisão em Portugal e de resto como em quase todo o mundo civilizado é uma janela aberta para todo o planeta mas igualmente a melhor forma de olhar para dentro e reafirmar a identidade de um paÃs. É debaixo deste mote que SIC, TVI e RTP usam este meio de comunicação em massas para mais do que informar entreter os seus telespectadores especialmente ao domingo e esporadicamente nas suas grelhas de programação.
Reconheço o esforço em reforçar a identidade nacional, promover programas em lÃngua portuguesa e divulgar os sucessos mas existe um défice no que diz respeito à s outras artes em relação à s outras subculturas mais comprometidas com as massas. Esta identidade é fundamental para as televisões nacionais em particular para a estação pública mas todos os esforços caem por terra quando se diluiu o seu interesse na abundância.
Não é com estranheza assim que a aposta no cinema em detrimento do entretenimento de Portugal em Festa resultou num aumento médio das audiências na SIC e até a um aumento do buzz nas redes sociais. A diferença e a diversidade devem constituir um regulador de qualidade para o canal ao invés de sucumbir à erosão da harmonização sem perder no entanto a sua identidade e a consciência das nossas raÃzes. O contexto é o mesmo e a intencionalidade também e por vezes a diferença também é recompensada.
