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M de «morangos», M de «malhação»

A Televisão
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Falar Televisão

 

Morangos com Açúcar, uma frequente e bem doce sobremesa que nos cativa durante o verão, foi capaz de nos captar a atenção não só para o frigorífico mas também para a televisão. Foi então no verão de 2003 que apareceu na televisão portuguesa uma série de nome Morangos com Açúcar.

Esta série, gravada tal e qual como se de uma novela se tratasse, chegou, viu e venceu. Venceu durante vários anos e ao longo de mais 2000 episódios. Os Morangos, como no dia-a-dia nos referimos ao produto, foi criada em 2003; porém, já há vários anos que existia uma série, na qual foi inspirada, de nome Malhação (ou New Wave), que alegrava os dias dos adolescentes em Portugal.

Muitas foram as críticas que a série Morangos com Açúcar sofreu ao longo destes anos. Ou porque “o argumento era fraco”, ou porque “os atores deixam muito a desejar”… críticas até sobre a roupa que vestiam, que aparentemente eram excessivamente caras, ou até sobre o facto de todas as personagens apresentarem sempre a pele imaculada (que nem sempre corresponde à realidade no mundo dos jovens). Enfim, muitas das críticas construtivas, outras a léguas de o serem, mas maior parte delas sobre o suposto ambiente não muito real criado pela série ou até, mais frequentes nos últimos anos, sobre a falta de criatividade e a repetição dos enredos.

Mas será que o M de Morangos e M de Malhação também se desdobra em M de Mais do Mesmo? Talvez o M tenha sim uma dada propriedade camaleónica, mas em que o M se refere também ao Mega sucesso que ambas as séries obtiveram. As audiências tenderam a descer ao longo dos anos, por razões já conhecidas, outras ainda não. Mas não creio que a dita queda se deva sobretudo à falta de novidade por parte dos guionistas. Até porque, como diz a lei da conservação da massa, “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

A série acabou porque assim acharam melhor. Acabou, quanto a mim, quando deveria ter acabado. Lançou muitos atores de prestígio, deu trabalho a muitos técnicos, catapultou novos e excelentes autores para o horário nobre. As coisas têm princípio meio e fim, e não é porque o fim não foi o mais esperado que o princípio e o meio devem ser desprezados.

Muitas séries foram vistas. Riscos, Físico Química,… mas os Morangos permanecerão durante largos anos na memória das crianças de ontem, os velhos de amanhã, as pessoas de hoje.

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