Justificar expulsões

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Falar Televisao2012 Justificar expulsões

Hoje o tema da crónica vai ser algo (muito e bastante) polémico. Isto porque não podia deixar passar ao lado um assunto tão importante e atual da «Casa dos Segredos». E o que vou debater aqui, pode-se aplicar também às anteriores edições do reality show. No fundo, pode-se aplicar a muita coisa nesta vida. O que se passa, e que me deixa sempre com alguma comichão, é que existe uma grande timidez por parte de alguns concorrentes em aceitar que, simplesmente, foram expulsos. Aceitar com dignidade e classe que alguém votou massivamente neles e não no outro concorrente que permaneceu feliz e sorridente na casa. Tão simples quanto isto. A-c-e-i-t-a-r.

Tomemos como exemplo o Rui, o primeiro rapaz a sair da casa. Setenta e sete por cento (sim, 77%) foi o número que ditou a sua saída. E, em vez de aceitar e concordar com a expulsão (tão massiva), o Rui acha que está cá fora porque começou a jogar cedo demais e formou uma grande estratégia. Só isso. E mais motivo nenhum. Será que os portugueses quiseram-no fora da competição apenas por estas razões? A mais pura das verdades é que o Rui não mostrou humildade, não criou qualquer cumplicidade com o público, formou estratégias e arquitetou intrigas que vão “assombrar” a casa até ao final do programa. O bom ambiente que poderia ter permanecido durante algum tempo, foi-se num ápice em apenas um dia. Sim, um dia. E lá está, o nosso amigo Rui considera assim que saiu da casa apenas por jogar demasiado e não porque o povo simplesmente o quis ver fora de lá. O povo não gosta, o povo expulsa. Apenas e só. Não há cá necessidade de se inventar desculpas por ter sido expulso. O pior desta história toda é que concorrentes assim acham-se mesmo os melhores e acreditam totalmente nas suas justificações medíocres.

Quanto às gémeas, Daniela e Nicole, que no início do programa até se mostraram simpáticas e queridas, agora a coisa é outra. Felizmente, já começaram a revelar o quanto irritantes se podem tornar e o público já tomou nota disso (e ai do público quando toma nota). Os portugueses esquecem-se rapidamente das “coisas”, mas não de forma tão acelerada como se pensa. Chamem-nos burros e esquecidos mas tenham lá calma. Acredito que as duas irmãs poderão sair já este domingo e, caso isso se chegue mesmo a concretizar, vão também arranjar uma desculpa hilariante para a sua expulsão. Querem exemplos de possíveis discursos que vão surgir pela comunicação social? Ora: «Isto foi tudo estratégia para nos porem cá fora», «Fomos nomeadas automaticamente, era mais que previsto que acontecesse isto», «Os portugueses gostam é da Petra, porque a Petra é falsa e intriguista e é isso que querem ver». Ou seja, há concorrentes e concorrentes. Há concorrentes simples e humildes como a Cátia Marisa, que apesar de ter declarado na imprensa que a sua saída foi injusta, não a vi a arranjar formas e desculpas por ter saído. Simplesmente aceitou. Mas a Cátia Marisa é apenas um dos bons exemplos. Ninguém aqui disse que a rapariga é a maior, a melhor e a mais perfeita do mundo, apenas tomei a jovem como exemplo.

Sempre existiu e sempre existirão concorrentes que têm de arranjar descontroladamente uma maneira de justificar o porquê da sua expulsão. Porque não se podem ficar atrás, não querem ficar cá com os dedos dos pés calcados e pisados. Têm que mostrar que não são piores que ninguém e estão sempre no topo do top, fora ou dentro da casa. No entanto, nesta terceira edição da «Casa dos Segredos», penso que a “La Familia” (ou lá como o outro chama o seu grupo) tem os dias contados desde o seu nascimento prematuro e, mais dias menos dia, estão todos cá fora. E o importante é justificarem a sua saída de nariz empinado. Um viva, um aplauso ao nariz empinado.

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