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Há volta do banco

Diana Casanova
2 min leitura

Nestes dias acompanhei um pouco do programa da RTP1 «Há Volta!» que faz a antevisão diariamente da Volta a Portugal em bicicleta. Dei por mim a pensar na quantidade de apresentadores que a estação pública tem no banco de suplentes. É curioso verificar que têm um trabalho tão sazonal… apenas nestes formatos de verão, ou em situações muito esporádicas, têm direito a comandar um dos programas diurnos da RTP.

Se por um lado é de louvar a RTP, pelo menos, dar alguma oportunidade a estas caras, questiono-me como será possível um apresentador manter-se tanto tempo à sombra de outras estrelas. Será que não haveria espaço para eles noutros canais, noutros projetos? De facto, é possível que não, já que também os outros canais têm ‘demasiados’ apresentadores.

Agora, isto leva-nos a outra questão que tem a ver com a quantidade de atores que se tornam apresentadores e, por vezes sem grande aptidão para isso. Será que vale mesmo a pena ‘estragar’ um bom ator, para ter um apresentador medíocre? Quanto a mim não, mas é o que as generalistas, em particular a SIC e TVI insistem em fazer. Por que não dar antes espaço a estas caras que estão na prateleira em vez de andar a forçar adaptações difíceis? Bem, eu sei a resposta – porque são caras mais mediáticas.

Contudo, não é a melhor estratégia para nenhum dos canais, ou antes, para aqueles que querem oferecer qualidade de conteúdos e na apresentação dos mesmos. Se o objetivo é audiências oferecendo programas péssimos, então será a melhor aposta, sim. Deixem-nos no banco…

Redatora e cronista