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O futuro da RTP

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Na semana passada o Governo apresentou as linhas gerais daquilo que pretende fazer com a RTP nos próximos anos. Depois de vários estudos e grupos de trabalho com utilidade discutível, e de inúmeros cenários terem sido postos em cima da mesa (sempre com a possibilidade de privatização à espreita), os planos de Poiares Maduro (concorde-se ou não com eles) são bastante diferentes do que se poderia esperar do anterior ministro Miguel Relvas. O Governo recuou – e bem – em muitos aspetos, e a ideia de encerramento ou concessão a privados da RTP1 parece estar posta de lado.

Quanto ao 2º canal, foram avançadas pela imprensa duas versões contraditórias – a de que a RTP2 se tornaria num canal exclusivamente cultural (ao género do canal franco-alemão Arte); e a de que continuaria a apostar no público infanto-juvenil no daytime, e que o horário nobre seria renovado. Garantido está o regresso do histórico Jornal 2 às 22h, rompendo assim com a experiência iniciada em janeiro de um simultcast com a RTP Informação às 24h. Quanto ao formato do canal, espero que a RTP2 não se demita daquela que tem sido a sua função há muitos anos e que lhe tem garantido alguns bons resultados: uma programação infantil de qualidade e com uma oferta diária única em sinal aberto.

Outra das novidades é a vontade não só da RTP como também do Governo em incluir a RTP Informação (ou um 3º canal da RTP, noutros moldes) na TDT. Chegou-se a falar também, em várias ocasiões, na inclusão da RTP Memória, mas esta parece não estar nos planos imediatos. Esta notícia é claramente positiva, e representa uma oportunidade para melhorar a pobre oferta de canais gratuitos. SIC e TVI (que entretanto já pediram licença para terem os seus canais HD na TDT) parecem não gostar  dos planos da estação pública. Não é de admirar: um canal informativo da RTP em sinal aberto significaria uma grande ameaça às audiências da SIC Notícias e da TVI 24. Também não parecem (infelizmente) muito dispostas em disponibilizar os seus canais de notícias na TDT. Só espero que o interesse público (não no sentido do operador público, mas sim dos espectadores) prevaleça sobre os interesses privados. Mas neste indecente processo da TDT isso raramente tem acontecido.

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