E ao terceiro round a terceira derrota consecutiva imposta pelo Factor X à coqueluche da TVI, o reality show Casa dos Segredos.  O formato da SIC é bom e um sucesso pelo mundo inteiro disso não há dúvidas mas quando a combater contra a quarta edição do formato da estação de Queluz de Baixo, o produto da Fremantle deixou a descoberto as fragilidades da aposta (pouco arriscada) da equipa  de LuÃs Cunha Velho.
O que é demais, enjoa. Diz a sabedoria popular e tal como noutros casos também aqui a voz do povo é quem mais ordena. Talvez os portugueses já estejam fartos das tricas do quarto canal mas verdade seja dita e justiça seja feita que a TVI até se tem esforçado. O programa conduzido por Teresa Guilherme tem tido tudo a que nos habituou. Segredos fortes como o do jovem Lourenço que muita tinta faz correr, intrigas, jogos, as habituais perguntas ao telefone que deixam transparecer uma juventude desligada da cultura geral e ligadas às máquinas da droga, da noite e das intrigas.
A gala do último domingo não fugiu à excepção e a visita à sala dos espelhos onde as verdades vêm sempre ao de cima prometia muito mas nem assim os portugueses ficaram agarrados como outrora à antena da TVI. Tivemos uma jovem que ouve vozes na cabeça e nem sabe em que lÃngua falam e uma concorrente que revelou os alegados abusos sofridos na infância infligidos pela própria mãe. Tudo ingredientes que noutro contexto serviriam os gostos do público português que parece por agora servido com o que a SIC tem para oferecer.
A vingança é mesmo um prato que se serve frio e para muita parra pouca uva. Teresa Guilherme ameaçou esmagar o formato da SIC mas foi ela quem acabou assoberbada pelos concorrentes que realmente têm talento. O programa paga uma fatura cara de deixa os resumos confinados ao fim da noite e a rainha dos reality shows até nem tem culpa nenhuma.
