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Dramática «silly season»

Diana Casanova
2 min leitura

Falar Televisão

É por esta altura comum haver espaços informativos repletos de faits divers e notícias banais. É normal considerando o período em que nos encontramos, mas será que valerá mesmo a pena tanto? É certo que por esta altura pouco acontece num país que «fecha para férias em agosto», mas talvez fosse melhor reduzir os espaços informativos e apostar em outros formatos para preencher esse tempo – séries, talk shows, ou outros.

Há dias estava a acompanhar o Jornal da Uma e um jornalista foi entrevistar aleatoriamente turistas que visitavam a cidade do Porto. Ora, tudo muito bem, se as perguntas não fossem tão previsíveis, sem interesse e até repetitivas. Claramente também não tinha o dom das línguas (inglesa e espanhola/portunhol), mas ali se perderam uns bons cinco minutos do espaço de informação da TVI. E este é apenas um exemplo, pois esta é uma situação que se repete nas generalistas. E os diretos para as praias? E os diretos para esplanadas, restaurantes… só porque sim? Dispenso.

Já não falo da competição que existe, ano após ano, para ver qual é a estação que consegue estar mais próxima dos incêndios, consegue mostrar mais pessoas desesperadas. Se é inegável o drama que os fogos florestais são, bem como a importância e coragem dos bombeiros, talvez fosse desnecessária a forma como esta é aproveitada de forma tão despreocupada para fazer audiências. A realidade é que as entrevistas, por esta altura, mais do que em qualquer outro período do ano, são conduzidas com um intuito: dramatizar.

Em suma, eu viveria bem sem estes dois atributos da silly season

Redatora e cronista