Já há algum tempo (considerável) que não assistia a uma gala da Casa dos Segredos como a de ontem. Perante a derrota impulsionada pela estreia de Factor X, na TVI ninguém quis «Ignorar o Óbvio». O programa deste domingo foi rico em polémicas, guerras e confessionários com concorrentes que se odeiam loucamente. Mas é disto que o formato vive… e o povo gosta de ver «sangue», não é? É. E é preciso baixar assim tanto o nível? Não, não é.
Em todas as edições, Teresa Guilherme tem encontrado sempre um pai ou uma mãe (de um concorrente) que faz subir as audiências como se não houvesse amanhã. Desta vez, o lugar parece pertencer à mãe de Tierry, que se exaltou em direto na gala devido a uma troca de acusações entre o filho e a ex-nora. Bem, a senhora disparou em todas as direções possíveis e imaginárias. Porquê? Nem eu sei bem. Mas ir para a televisão lavar roupa do mais suja que há é, digamos, impensável. No ecrã, temos todos os olhos postos em nós e, inevitavelmente, vamos ser julgados (criticados, elogiados…). Não é que a mãe de Tierry se vá preocupar muito com isso, mas não havia necessidade daquela zanga toda. E logo na segunda semana do programa? Nossa, nossa, nossa. Bem, e quem paga a fatura são os concorrentes – as pessoas que estão lá dentro, sem acesso ao que se comenta no exterior.
E como se a gala não estivesse já a «arder» por todos os lados, Flávio Furtado também foi tema de conversa. «Antes de estar ele a comentar a Casa dos Segredos, devia era estar a Maria Francisca [cadela]». Para quê isto? Ao que nós chegámos, minha gente! Pelo que me apercebi, o cronista não foi assim tão longe nas suas opiniões, nem falou nada extremamente grave sobre o concorrente Tierry. Portanto, basta que se diga algo como «Aquele rapaz tem uma mosca no braço!» para o mundo desabar. E numa coisa Teresa Guilherme tem razão: «Quanto mais se exalta, mais perde a razão». É isto.
Eis um excerto da polémica que marcou a terceira gala da Casa dos Segredos 4:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=WViu1heRQhA]
