Casa de Quê?

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A Casa dos Segredos tem dado que falar, como sempre. Mas desta vez o buzzing chegou até a pessoas que nem sequer viam o programa. Tudo por causa das cenas quentes de ‘amor’, a agressividade do Marco e claro, a ignorância de Cátia.

Saindo um pouco à rua e ouvindo falar sobre o programa, ouve-se de tudo: divaga-se sobre o estado da educação no País, fala-se das ‘poucas vergonhas’ que se fazem na casa, das pessoas sem rumo que lá estão dentro e que fazem tudo em busca da fama.

Mas pesando os ‘finalmentes’, perguntamo-nos: pode um programa deste género ser classificado como entretenimento, ou apenas como uma montra pública que apresenta a nossa pequenez enquanto nação? Dir-me-ão, ‘não somos todos assim!’ Sim, mas é legítimo mostrar esta gente dissimulada aos mais novos? As raparigas devem aspirar a ser ‘Susanas’? E os rapazes, vêem no Marco o auge da masculinidade e bruteza como modelo a seguir? São estes que têm destaque e proeminência e que povoam as mentes das pessoas, que tantas vezes são bombardeadas com imagens… E Cátia? É grave, bastante grave, ter o décimo segundo ano e não o demonstrar: soletra mal, não sabe o que é um ‘alpendre’ e bom, resta dizer que Geografia não é o seu ponto forte (aliás, é só mesmo um ponto).

Vejo o programa, sim. Apesar de tudo o que referi. Mas confesso que, talvez ingenuamente, no início da segunda temporada, não pensei que ia assistir a tanta coisa surreal. Aprecio o formato, a apresentadora, a mecânica do jogo. Mas o que falha são as pessoas, que de tão absorvidas, não no jogo, mas em si próprias, se acabam por esquecer do (não) exemplo que estão a passar cá para fora.

“Mas isso agora também não interessa nada!” (talvez devesse!)

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