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40 anos de televisão livre

A Televisão
3 min leitura

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Hoje venho falar-vos de um tema, que pelas razões evidentes, está na ordem do dia e não passa despercebido a ninguém. Ainda bem que assim é. Assinala-se hoje o quadragésimo aniversário daquela que é até hoje, a revolução mais aclamada em Portugal: A Revolução dos Cravos. Provavelmente, muitos dos nossos leitores mais jovens, grupo do qual eu faço parte, perguntar-se-ão «mas o que é que o 25 de Abril tem a ver com televisão?». Tudo, respondo eu.

A Televisão em Portugal surgiu no ano de 1955, 19 anos antes do fim do Estado Novo. Viveu-se, durante muito tempo, sob um clima de opressão e é bom que as gerações mais novas não deixem que essa grande conquista se esqueça.

Os meios de comunicação social, como foi o caso da televisão e rádio públicas, tiveram um papel fulcral na conquista da liberdade. Foi através deles que se difundiram as senhas que deram início à revolução. Senhas essas que passaram pela censura, sem que esta percebesse o seu significado.

A Televisão tem, tal como a sociedade portuguesa, um antes e depois de 1974. Um jornalismo que não tinha liberdade, uma estação televisiva que emitia o que o Estado queria. No fundo, todos os órgãos de comunicação estavam submetidos ao lápis azul da censura. Só passava cá para fora, o que não beliscava o sistema político.

Tempos de perseguição, tempos de injustiça, tempos de opressão. Durante esse período foram cometidos alguns dos gestos mais bárbaros e inumanos que se possam imaginar. As torturas aplicadas pela Polícia de Intervenção e Defesa do Estado, vulgarmente designada por PIDE, foram absolutamente terríveis. Pessoas que eram torturadas por querem algo que é inerente ao ser Humano: A Liberdade.

Se o povo não se tivesse revoltado, muito provavelmente, hoje não estaria aqui deste lado a escrever-vos esta crónica, não existiriam programas como o Big Brother, não se poderia fazer grande parte das coisas que, nos dias de hoje, são completamente vulgares.

Hoje temos tudo. Viva a Liberdade!

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