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Herman José

Diana Casanova
5 min leitura

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Desta vez decidi homenagear aquele que é considerado por muitos o pai do humor português – Herman José. Ele é não é
apenas apresentador, mas também actor, cantor e, sobretudo, entertainer português. Herman José von Krippahl nasceu a 19 de Março de 1954 em Lisboa. Filho de pai alemão e mãe portuguesa, desde cedo se tornou na estrela principal dos filmes produzidos pelo seu pai. Mostrou, ainda, durante a sua vida escolar a sua aptidão para a música, tocando vários instrumentos.

Após pequenas participações televisivas, é no teatro de revista que conhece Nicolau Breyner que o transporta para a televisão, estreando-se em 1975 com a rábula Sr. Feliz e Sr. Contente, chegando a dizer-se que havia superado o “mestre” (Nicolau Breyner).

Anos mais tarde aposta em turnés em que canta, representa, conta anedotas, improvisa… É talvez aqui que se destaca, embora recentemente tenha enveredado por temas mais vulgares, continua a ser dos mestres do humor português no que respeita à espontaneidade e divertimento que transmite em cada uma das suas intervenções.

Mais tarde surge uma das suas personagens mais emblemáticas (a par de tantas outras) – Toni Silva («artista da rádio, TV e disco» latino-romântico de brilhantina e lantejoulas que retratava a sociedade nas suas canções), atraindo o grande público frente ao ecrã em O Passeio dos Alegres. Sendo, posteriormente em O Tal Canal que é considerado o melhor programa alguma vez feito no nosso país de humor que alcança definitivamente o estrelato. Quem não se recorda de Filipa Vacondeus que gostava de tudo com imeeeensa paprika? E do Estebes? Entre tantas outras que marcaram não apenas uma geração, pois os jovens de hoje em dia, com a facilidade concedida pelas novas tecnologias têm acesso a todos estes produtos à distância de um clique.

Para além disso, Herman também participou no Festival Eurovisão da Canção em 1983 com A Cor do Teu Baton. Desde logo
se percebeu que o seu talento não se resumia a uma ou outra arte, mas sim a várias, entre elas a música, inclusivamente tantas vezes utilizada como forma de fazer humor. Também aqui Herman se destacou/destaca, pois consegue conjugar de forma magistral a música e humor, não é por acaso que todos os seus colegas o têm como referência, em especial aqueles que agora estão em fase de ascensão e que reconhecem a inspiração que este lhes deu, como é o caso dos Gato Fedorento, Contemporâneos,
entre outros.

Entre os programas que mais se destacaram da sua vasta carreira, devo referir o 1, 2, 3; Parabéns; Herman Enciclopédia… Contudo, é unânime que a sua mudança para SIC não lhe trouxe o sucesso que se esperava, embora com personagens tão inesquecíveis como Nelo e Idália (que considero ser genial!), creio que desde esse momento tem vindo em queda. Porém,
recentemente, com o programa Chamar a Música esteve no seu habitat natural, num ambiente em que a espontaneidade é muito importante e revelou estar ainda em forma, o mesmo se pode dizer, na minha opinião, em relação ao programa Roda da Sorte, sendo que por questões de falta de ritmo do próprio programa se torna bastante enfadonho. Julgo que será neste Herman que deverão apostar. Espero que, em breve, regresse com um talkshow semanal mas que não seja colocado muito tarde, pois isso fará com que se caia novamente no caminho da “ordinarice”.

Importa salientar também o facto de ter juntado um grupo muito talentoso e coeso de actores que o têm acompanhado
sempre (só recentemente se “separaram”) facilitou bastante o seu sucesso, recebendo em 2007 o Globo de Ouro de Mérito e Excelência atribuído pela SIC e Caras, como prova do seu talento e contribuição para a televisão e humor
portugueses.

Até daqui a dez dias. Não se esqueçam de deixar a vossa opinião no fórum.

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Redatora e cronista