fbpx

«As Palavras»

A Televisão
4 min leitura

Cine Opiniao2012 «As Palavras»

 

A fama chega quando o jovem Rory Jansen publica um romance que depressa atinge o estatuto de best-seller. O problema é que não é ele o autor das palavras que compõem o bem-sucedido livro. E a verdade persegui-lo-á à medida que acumula um prestígio que não lhe é devido.

Um filme que marca a estreia de Brian Klugman e Lee Sternthal, argumentistas de “Tron: O Legado”, atrás das câmaras.

The Words Movie Poster «As Palavras»

Quando Rory Jansen publica o seu primeiro livro dá-se um daqueles momentos raros, uma vez em cada geração, em que o mundo literário e a imaginação do público são tocados em simultâneo. Amigos recomendam-no, os críticos deliram, o livro está em toda a parte, clubes literários, aviões, universidades. Com uma voz fresca e uma sabedoria sobre a vida que parece ser intemporal, Rory torna-se uma estrela literária imediata. Carismático, talentoso, inteligente, o jovem autor parece ter tudo: uma bela vida, uma esposa adorada, o mundo a seus pés – e tudo por causa de palavras. Mas de quem são aquelas palavras afinal? E que história é aquela, afinal de contas?

O conflito inerente ao filme “ As Palavras” passa essencialmente pela moralidade e a forma como uma pessoa lida com o facto de ter tido uma falha grave ao nível da ética, se a redenção é possível depois de uma traição a si mesmo e aos outros. Rory deveria ter pensado nisto antes e só depois de se ver confrontado com o sucesso público é que ele se apercebe do erro que cometeu.

96600 «As Palavras»

Temos ainda o popular autor Clay Hammond (Dennis Quaid), que lê as passagens do livro “As Palavras” e ainda que o ator tente dar algum crédito ao argumento acaba por tornar-se enfadonho. Acaba por se inspirar naquela mítica história do manuscrito de Hemingway que se perde durante uma viagem a Espanha mas em vez de se inspirarem no génio do autor acabam por criar um argumento fraco.

Bradley Cooper surge no papel de Rory Jansen, um novo autor que tenta a todo o custo ser publicado e que tem a vida perfeita, um apartamento em Manhattan que partilha com a namorada Dora (Zoe Saldana). Na lua-de-mel em Paris acabam por se cruzar com uma pasta que contem um manuscrito, no regresso a casa e frustrado pelo facto de não conseguir criar nada de novo Rory descobre o famoso manuscrito.

O que acontece quando Rory diz que o manuscrito é da sua autoria e o preço a pagar pelo sucesso em que se torna o livro acaba por ser o ponto central de todo o filme mas também o centro do livro que Clay nos está a ler.

504901141Ad40.Preview 620 «As Palavras»

Temos ainda “The Old Man” (Jeremy Irons) que faz muito com muito pouco, ao que parece ele escreveu uma história que se perdeu numa pasta num comboio em França. E a história que ele escreveu – de Paris dos anos 50 do pós-guerra, do amor verdadeiro, dos corações partidos – acaba por ser um filme dentro do filme principal. E nesta altura surge ainda uma nova personagem “The Young Man” (Ben Barnes).

O filme tem uma fotografia brilhante, Cooper tem total protagonismo mas à medida que a história avança acabamos por nos perder entre a vida de Clay, a vida de Rory, a vida de “The Old Man e a vida de “The Yougn Man” – cansativo não?

 

Siga-me:
Redactor.