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Audiências à Lupa: novembro 2013

Diana Casanova
5 min leitura

Audiências À Lupa

O ano está quase a chegar ao fim, mas não sem antes revermos aquilo que se passou nas audiências da televisão portuguesa durante o mês de novembro. É que a luta estava ao rubro, desde a rentrée e, como tal, teremos de olhar as Audiências à Lupa pela penúltima vez este ano (as audiências do futebol serão analisadas amanhã).

Novembro1

Instabilidade. É esta a palavra que salta à vista com este gráfico, mas a verdade é que as posições relativas das generalistas mantêm-se inalteradas e muito pouco instáveis. É que, embora a RTP1 tenha usufruído da emissão de dois jogos da seleção nacional, pouco ou nada mudou nas audiências da televisão portuguesa em novembro.

A TVI continua a ser líder destacada e é curioso observar que a SIC e TVI evoluem de mãos dadas e o paralelismo entre ambas é quase perfeito, o que significa que assumem tendências semelhantes e que tem, necessariamente, a ver com a similaridade de programações que apresentam. Quer seja no daytime, ou em pleno horário nobre, ambas as privadas têm apostas bastante semelhantes, pelo menos em termos de contexto. Propositado, ou não, a verdade é que acaba por fazer com que alguém que queira diversificar o formato tende a mudar-se para a estação pública ou para o Cabo – este último com mais primazia.

Outro dado interessante de constatar é que a RTP1 norteia as suas audiências no «meridiano» dos 15% de audiência média, enquanto a SIC mantém-se na casa dos 20% e a TVI, 5 p.p. acima, nos 25%. A folga entre as generalistas tende a aumentar, com a consolidação das apostas das três.

O Cabo mantém-se isolado na frente das preferências dos portugueses, ou não oferecesse aquilo que tantas vezes as generalistas não oferecem – diversidade. A RTP2, essa, é que se mantém com os seus valores a rondar os 2,5%, que não obstante a sua diversidade, acaba por afastar expectadores que têm o preconceito de se tratar do canal de elites.

Prossigamos, contudo, para a análise em maior detalhe dos fins de semana.

Novembro 2

Veja-se como a SIC se mantém dentro dos 20%, enquanto a TVI e RTP1 acabam por «roubar» público entre si. Se a estação pública sobe ligeiramente aos sábados, próxima dos 15%, aos domingos tende tenebrosamente para os 10%. Obviamente que a TVI usufrui desde setembro deste ano do fenómeno (ainda o é!) Casa dos Segredos 4, o que lhe permite, com algumas reviravoltas no formato e nas próprias regras do jogo, vencer de forma inquestionável as noites de domingo. Factor X perdeu-se nas galas, que muitas críticas geraram e, portanto, Casa dos Segredos segue inegavelmente para um mês de dezembro de recordes, certamente.

Olhemos para os principais números do mês de novembro.

Novembro Quadro

Confirmamos a grande instabilidade durante o mês, especialmente a RTP1, TVI e Cabo, que têm amplitudes audimétricas a rondar os 10% ou mais. Contudo, são também delas os recordes do mês, com a TVI a alcançar um máximo de 29,3%, enquanto a RTP1 se ficou pelos 10,5, sendo este o pior resultado do mês.

É curioso observar que a TVI tem vindo a ganhar importância durante os dias úteis, o que acaba por confirmar a aposta acertada em Casa dos Segredos 4 e Belmonte. Embora esta última seja, com frequência, derrotada por Sol de Inverno, a verdade é que a SIC fica longe, muito longe da liderança, embora seja de segunda a sexta que alcança uma média superior. Contudo, também a TVI tem valores superiores nesse período, invertendo uma tendência recente que a levava a fazer uma média superior nos fins de semana.

O Cabo mantém-se dentro dos seus valores habituais, sendo mais procurado aos fins de semana, com a procura de fugir à rotina por parte dos portugueses.

Com estes resultados, a TVI aproxima-se de mais um ano invicta e de recordes. Depois de muitas críticas à GfK pelo novo sistema de medição de audiências, a verdade é que Queluz de Baixo tem vindo a recuperar os números de outrora, fruto não só de ajustes no painel audimétrico, mas também pelas apostas com piores resultados da SIC nesta rentrée.

Junte-se a nós amanhã, para analisarmos com maior detalhe as audiências das partidas de futebol que foram emitidas em sinal aberto.

Redatora e cronista