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Audiências à Lupa: dezembro de 2013

Diana Casanova
5 min leitura

Audiências À Lupa

O último mês do ano terminou e com ele se confirmaram as principais tendências das audiências da televisão portuguesa. Vejamos, como habitualmente, as Audiências à Lupa do mês de dezembro de 2013.

Dezembro 1

Podemos observar que se mantém a instabilidade que vem sendo característica dos últimos meses, para todas as generalistas e até mesmo para o Cabo. Contudo, vemos que a TVI se mantém, indiscutivelmente, na liderança das audiências, sendo apenas ultrapassada pela TVI na véspera de Natal – algo que também é hábito, por força das ofertas de cinema que proporciona aos espectadores. Contudo, no dia 25, a liderança regressou a Queluz de Baixo, para não mais a largar até ao final de 2013, tendo no dia 31 de dezembro ficado mesmo à frente do Cabo.

No seguimento dos anteriores meses, vemos que as três principais generalistas estão «agarradas» a médias que são separadas por cerca de 5%. A RTP mantém-se nos 15%, mas com frequência a descer para os 10%, enquanto a SIC está de uma forma não muito instável perto dos 20%. Por sua vez, a TVI, essa, lidera, com frequência acima dos 25% no mês de dezembro.

Se há uns meses estavam perto, a verdade é que o fosso entre a TVI e a SIC é agora maior, devido à perda de algumas das suas principais apostas na ficção – Dancin’ Days, Avenida Brasil e Gabriela. Ao nível de entretenimento, pouco sucesso obteve, ou antes – mais sucesso fez a TVI, com formatos que atraíram os portugueses de forma mais regular e, em alguns casos até, arrebatadora (goste-se ou não dos ditos, este facto é inegável).

É interessante observar que num mês em que as generalistas oferecem mais cinema, genericamente, também houve uma maior primazia sua em detrimento do Cabo, que perdeu alguns dos seus habituais espectadores ávidos de diversidade.

Vejamos, no entanto, como ficaram os números dos fins de semana.

Dezembro 2

Aqui mantém-se a mesma tendência de novembro. A TVI e SIC estão praticamente paralelas – quando uma perde audiência, a outra também perde e vice-versa, enquanto a RTP1 está inversamente proporcional, já que usufrui da perda de espectadores dos outros dois canais. Este é um dado curioso, pois significa que o público transita entre as privadas e a RTP1, e não entre as privadas, ou não existisse aquela animosidade de tantos espectadores que «vestem a camisola» (de forma até exacerbada!).

Necessariamente os domingos – com Casa dos Segredos – são os dias das privadas por excelência e que fazem com que a estação pública supere os seus mínimos diários. É que, efectivamente, a RTP1 não tem, nem agora nem nos últimos anos, nenhum formato de entretenimento que faça frente às apostas da concorrência. É uma pena. Pouco dinheiro leva a isso. Ou se calhar é só um preconceito por parte dos portugueses face às suas ofertas.

Vejamos o resumo dos números do mês.

Dezembro Quadro

Dezembro foi o mês em que se alargou o fosso entre as generalistas – havendo, no entanto, e como já foi referido, uma grande instabilidade – veja-se os mínimos e máximos do mês. Voltámos também a ter uma média superior nos dias úteis, ao contrário de meses anteriores, com exceção do Cabo, que é mais procurado aos fins de semana.

A verdade é que o último mês de cada ano acaba por ser de grande domínio por parte da TVI, já que os seus principais formatos de entretenimento entram na sua fase final e, por conseguinte, de maior interesse, o que leva a menos tréguas dadas à concorrência.

A SIC mantém apenas Sol de Inverno como formato vencedor, tendo um daytime tenebroso. A RTP1 tem vindo a subir as suas audiências, mas ainda assim, é pouco para uma estação que pretende ser auto-sustentável.

Fique atento, pois o Audiências à Lupa regressa muito em breve com a análise de 2013.

Redatora e cronista