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Audiências à Lupa: maio 2011

Diana Casanova
5 min leitura

Audiencias A Lupa Audiências À Lupa: Maio 2011

Tal como prometido, hoje vamos olhar as Audiências de maio à Lupa, ficando para o próximo mês a análise de Junho. Deste modo, pretendemos dar uma visão global da evolução das audiências das principais forças audimétricas nacionais. Passemos ao que interessa – as audiências do mês de maio.

Maio1 Audiências À Lupa: Maio 2011

Como podemos constatar pelo gráfico apresentado acima, houve uma quebra nas audiências da, até aqui líder indiscutível (ou pouco colocada em causa!), TVI. De facto, vemos que houve uma grande inconstância por parte de todos os canais (com exceção da RTP 2), ora ganhou a TVI, ora ganhou o Cabo, ora a SIC, ou até mesmo a RTP 1. Assim, podemos dizer que a luta audimétrica começou a ganhar mais interesse desde há uns meses, mas em particular no mês de maio que confirmou esta tendência. A subida do Cabo, mas também um quebra nas audiências da TVI.

Será que se trata de uma quebra da TVI, associada ao cansaço dos seus telespectadores relativamente aos seus conteúdos, ou é simplesmente uma melhor oferta por parte da concorrência? Estarão os portugueses cansados da estação de Queluz de Baixo ou reconhecem que os programas oferecidos pelo Cabo, SIC e RTP 1 conseguem satisfazê-los mais? Eu diria que é um pouco de ambas as situações, até porque as fraquezas de um dos canais refletem-se inevitavelmente nos pontos fortes dos seus concorrentes. Porém, importa verificar se esta é uma tendência que se vai manter nos próximos tempos ou não.

A verdade é que, do meu ponto de vista, os portugueses sendo indivíduos de hábitos, apesar de parecerem estar com alguma resistência a algumas das novas apostas da TVI, basta um produto vencedor para cativar novamente os seus telespectadores fiéis e recuperar o peso que tem vindo a ter ao longo dos últimos anos.

Outra questão que se pode colocar é se esta quebra audimétrica da TVI (muito esperada por alguns) se deve à saída de José Eduardo Moniz do canal. Será José Fragoso capaz de contrariar esta tendência? Veremos nos próximos tempos. Para já, vejamos as audiências dos fins-de-semana, que como habitualmente revelam hábitos dispares face aos dias úteis.

Maio2 Audiências À Lupa: Maio 2011

Tal como tem vindo a ser hábito, o Cabo mantém-se numa posição constante aos sábados e domingos, conseguindo liderar por diversas vezes. Por outro lado, a SIC revela-se bastante inconstante na sua aposta de domingos – Peso Pesado (muito por força do Perdidos na Tribo – TVI), mas forte aos sábados, com particular ênfase nos filmes que exibe. Relativamente à RTP 1 fica um pouco arredada da luta pelos primeiros lugares aos fins-de-semana, recuperando apenas no final do mês passado. Contudo, a principal conclusão a tirar também deste gráfico é que a luta audimétrica parece estar cada vez mais ao rubro.

Maio Quadro Audiências À Lupa: Maio 2011

Face aos meses passados, houve um afastamento do Cabo relativamente à TVI, mas uma subida da SIC e RTP 1 na sua globalidade. Há um especial destaque para a SIC que conseguiu mesmo superar a TVI na média dos fins-de-semana, sendo que ocupa agora o segundo lugar no pódio das audiências. Porém, também é a estação de Carnaxide que revela uma maior amplitude de valores (máximo e mínimo), revelando que esta subida aparenta ser pouco sustentada.

Em suma, apesar desta aparente (?) quebra da TVI, a verdade é que se mantém na liderança da televisão nacional. Sem dúvida, que para ser destronada do seu posto terá de haver um grande esforço por parte dos outros canais, mas que poderá ser contrariada por uma aposta diversificada da sua direção de conteúdos. O público português pode estar a resistir a alguns dos seus programas, mas também rapidamente é recuperado com base num programa de êxito. Será Secret Story esse programa? Obviamente, a TVI também pode contar com o desgaste de algumas das apostas dos outros canais, como é o caso de Júlia Pinheiro na condução dos reality shows da SIC, mas a verdade é que o Cabo, esse, parece estar de pedra e cal a crescer, o que revela que a solução pode estar na diversidade de conteúdos.

Redatora e cronista