Para a SIC o ano de 2015 foi simbólico, pois marcou a estreia de uma nova faixa horária para a ficção portuguesa. Em pleno horário nobre, a estação estreou uma segunda novela, mantendo este género como a aposta central do seu horário nobre.
Poderosas foi a trama escolhida para inaugurar esta nova faixa de ficção nacional. Chegou aos ecrãs a 18 de maio, mas os resultados oscilaram bastante, levando a várias alterações no enredo e renovação do elenco. Margarida Marinho era uma das estrelas principais mas rápido foi perdendo protagonismo, tudo por força dos resultados da novela.
Desta forma, a televisão portuguesa tem cada vez mais homogeneidade, particularmente entre as privadas, SIC e TVI, que têm vindo a dar primazia à sua ficção em detrimento de tudo, ou quase tudo, o resto. E aqui entra a problemática dos grandes formatos de entretenimento que têm cada vez menos espaço nas grelhas dos canais, quer seja com menos tempo de antena, como é o caso dos reality shows da TVI (menos diários), quer desaparecendo de antena, como é o caso das noites de domingo da SIC.
Se o entretenimento perde, a ficção ganha, aperfeiçoando-se e ganhando visibilidade, com produções a estarem em destaque no estrangeiro, assim como alguns produtos mais cuidados e de grande qualidade que enriquecem a nossa televisão. Veremos como vai ser a estratégia dos canais no próximo ano – mais restritiva em termos financeiros e apostando na ficção, ou mais diferenciadora e apostando na diversidade de formatos.
A diversidade de A Retrospetiva 2015 regressa amanhã. Recorde, em seguida, os artigos até aqui publicados.
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