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A Reportagem – Nos bastidores de «O Preço Certo»

David Soldado
8 min leitura

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Miguel Vital foi o primeiro a juntar-se a nós. «É uma pessoa fantástica, não há palavras que descrevam na totalidade. Tem um grande coração, é um excelente apresentador», começou por elogiar o seu companheiro de jornada que havia chegado entretanto. A resposta dele estava para vir: «O Miguel é uma pessoa muito educada, sem maldade nenhuma. Às vezes é bom demais». Era inevitável falar do sucesso do concurso que atualmente faz companhia a um milhão de telespectadores. Roda da Sorte, Sangue Bom, Em Família, Morangos com Açúcar, Doida por Ti e I Love It foram algumas das apostas da SIC e TVI para o horário das 19 horas. Num país onde os programas mais vistos do dia são novelas, neste caso, a ficção não consegue destronar a liderança (por vezes absoluta) d’O Preço Certo. «O mérito é do apresentador que é uma pessoa que o povo português gosta e se revê e também das pessoas que vêm cá. Os concorrentes acabam por fazer parte da família que faz este programa». Para Miguel Vital, o sucesso explicava-se dessa maneira, opinião que de certo modo é partilhada por Fernando Mendes: «Sei que moldei o programa à minha maneira, mas os concorrentes são das peças mais fundamentais que nós temos no programa».

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3… 2… 1… ação! Todos de pé. Fernando Mendes e as suas assistentes entram em estúdio ao som de aplausos. Começa o discurso habitual, seguem-se as apresentações dos concorrentes. A adrenalina de acertar o preço só se inicia quando os familiares dos concorrentes regressam ao seu lugar depois de terem entregue as habituais lembranças: livros, artesanato, produtos gastronómicos, bandeiras da freguesia, cachecóis, chapéus, entre outros. A maioria  já tinha destino – o estaleiro do amigo de Fernando Mendes: «Às quartas feiras saio daqui e levo-lhe quase todo o material», remata o apresentador.

O primeiro prémio oferecido foi uma centrifugadora (JE- 800), mas o melhor estava para vir. A concorrente ganhava uma máquina de lavar loiça se o boneco não caísse pelo precipício abaixo. Mais um concorrente, mais um jogo e mais um prémio. A sequência foi repetida uma vez mais até que a montra final foi revelada. Estava feita a primeira parte do programa que sem pausas seguiu-se para os últimos 20 minutos. «Nunca gostei de diretos na minha vida», confidencia Fernando Mendes confrontado com a minha curiosidade. Estava encontrada a primeira discórdia com Miguel Vital: «A adrenalina é outra no direto e o que passa lá para casa é mais forte».

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Uma viagem para a Turquia durante oito dias, um fim de semana em Coimbra e um volkswagen eram os prémios mais aliciantes anunciados pela voz única de Miguel Vital. A margem foi de 500 euros. Ester teve cinco minutos para lançar o preço final. O desejo de ganhar a montra era evidente nos olhos da concorrente. Fernando Mendes deu o apito final. E o preço final da montra é…. o suspense durou dez segundos. Aqui que ninguém nos lê, a diferença foi de 3900 euros. Perdeu, mas a boa-disposição de Ester manteve-se.

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O trabalho foi feito. Agradeço desde já a disponibilidade do Filipe Guerreiro e Paulo Nunes que sempre tiveram atentos às minhas curiosidades. Não percam brevemente uma entrevista com Miguel Vital e Fernando Mendes. Até lá acompanha tudo na minha página de facebook (carrega aqui)

Redactor.