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A Reportagem – Júlia Pinheiro um ano depois do regresso à SIC

A Televisão
11 min leitura

Reportgm Julia A Reportagem - Júlia Pinheiro Um Ano Depois Do Regresso À Sic

Um ano e um dia depois de Júlia Pinheiro ter sido oficialmente apresentada como nova estrela da SIC, A Televisão conta o que se passou desde então.Leonor Poeiras Julia Pinheiro A Reportagem - Júlia Pinheiro Um Ano Depois Do Regresso À Sic

«A TVI, dando cumprimento ao oportunamente acordado, informa que, a partir de hoje, Júlia Pinheiro deixa de colaborar profissionalmente com esta Estação. Após 8 anos de uma relação profissional recheada de sucessos e mutuamente muito proveitosa, Júlia Pinheiro entendeu ser do seu interesse desenvolver outro projeto profissional. A TVI gostaria de, nesta ocasião, agradecer a Júlia Pinheiro todo o profissionalismo de que deu provas ao longo destes anos e, de forma especial, ao longo deste último mês.»

Foi assim que o canal de Queluz de Baixo se despediu daquela que foi, durante muito tempo a directora de conteúdos e cara de imensos programas. Nove anos depois, Júlia Pinheiro regressava, assim, à estação onde construiu grande parte da sua carreira profissional.

E foi a 14 de janeiro de 2011 que, com uma emissão especial, que ocupou toda a manhã da SIC, a apresentadora assinou o seu contrato.

Tudo começou aquando da saída de Fátima Lopes do canal de Carnaxide. Logo surgiram os primeiros rumores e chegou mesmo a pensar-se que Júlia Pinheiro assinaria pela SIC ainda em Setembro de 2010. Todavia, os rumores prevaleceram e a comunicadora continuou em Queluz de Baixo, sendo inclusivamente a cara de Secret Story. Contudo, no início de dezembro, o Diário de Notícias anunciava, em primeira mão que estava certo: Júlia Pinheiro ia assinar contrato com a SIC no início do ano.

E assim foi. A 3 de janeiro, Nuno Santos confirmava a chegada da comunicadora e logo surgiram os primeiros rumores sobre os seus novos projectos, que afinal já estavam bem delineados: apresentar o programa das manhãs, que ocuparia o lugar de Companhia das Manhãs, e também dar a cara pela versão nacional de The Biggest Loser.

Apesar de ter chegado à SIC em janeiro, somente em fevereiro a apresentadora deu a sua primeira grande entrevista a uma publicação nacional. Foi à revista Caras que Júlia Pinheiro abriu o seu coração e comentou algumas das polémicas que entretanto surgiram.

Eis alguns dos excertos da entrevista:

“O que me fez ir para a SIC foi não só o facto de ser uma proposta nova, mas também por achar que, perto dos 50 anos, é possível baralhar e dar de novo. Tive a sorte de ter uma empresa que me perseguiu durante um ano e meio – uma corte longuíssima -, o que é raro hoje em dia. Isto dá uma sensação muito grande de valor profissional.”

“Enquanto comunicadora e, sobretudo, como criadora, faz-me alguma falta ter esse tipo de registo. Gosto muito da ironia, do humor fininho, que não é imediato, mas que faz doer. Gosto muito da crítica e, portanto, tenho algumas saudades disso. Essa é uma das razões pelas quais vim para a SIC, já que tem mais espaço para fazer esse tipo de propostas. E se não as puder executar enquanto protagonista, terei pelo menos uma participação como coautora e conceptualizadora.”
“Acho uma ideia bonita (ganhar 50 mil euros), uma fantasia simpática, mas isso é porque não conhecem a indústria audiovisual portuguesa. É absolutamente incomportável uma empresa pagar isso a alguém. Também acho muito deselegante falar sobre o ordenado das pessoas, mas enfim, imagino que haja curiosidade. Eu costumo dizer que sei negociar o meu valor. Sempre tive a grande vantagem de ter um posicionamento muito claro acerca daquilo que são as minhas condições de remuneração e, portanto, as coisas nunca me correram mal, mas nunca foram esses valores. Aliás, eu não vim para a SIC por uma questão de remuneração, porque graças a Deus a TVI também me tinha em muito boa conta do ponto de vista da remuneração.”

Julia Pinheiro 2 A Reportagem - Júlia Pinheiro Um Ano Depois Do Regresso À Sic

O Primeiro ano de SIC

Nos últimos doze meses, Júlia Pinheiro já fez inúmeras aparições no canal de Carnaxide. Logo a 14 de janeiro, teve o programa Companhia das Manhãs totalmente dedicado à sua chegada à SIC. Uma grande festa, que contou com a participação de inúmeros profissionais com quem mantém estreitos laços de amizade.

Seguiu-se, posteriormente, o tão falado regresso ao programa das manhãs. A 14 de março, e depois de duas semanas a promove-lo pelo país, Júlia Pinheiro estreou Querida Júlia e não mais parou.

Alguns dias depois, a 1 de maio começou o programa que marcou a sua estreia no horário nobre do canal e que acabou por torna-lo bastante competitivo. À frente de Peso Pesado, Júlia Pinheiro mostrou toda a sua versatilidade. Mas, por querer dedicar-se ao seu programa matinal a 100%, acabou por ceder o seu lugar a Bárbara Guimarães, na segunda série.

Paralelamente a estes formatos “fixos”, foi ainda uma das caras da gala dos Globos de Ouro, apresentando um dos prémios, e uma das concorrentes de uma das emissões de Chamar a Música.

As audiências do seu programa matinal ainda não atingiram o esperado e muitas vezes já o condenaram ao fim, mas Júlia Pinheiro tem-se mantido empenhada e, a avaliar pelos últimos números, já começa a mostrar a sua polivalência.

Para 2012, não há mais nenhum projecto conhecido, mas é certo que, à semelhança do que sempre aconteceu, a apresentadora não se queira ficar apenas pelo Querida Júlia, estando em cima da mesa a possibilidade de ser ela a apresentar um realit-show que a SIC deverá apostar na rentrée deste ano.

De destacar ainda a troca de palavras com Teresa Guilherme, aquando da escolha desta última para ocupar o seu lugar na condução de Casa dos Segredos 2, para a TVI.

Doze meses, Doze declarações

 “Acredito que tudo o que existe, existe para ser desfeito. E, sobretudo, acho que não estou a voltar à mesma casa. Estou a voltar a um núcleo de grandes profissionais, que é hoje um negócio diferente, uma grande operação com vários canais. E eu venho num plano diferente, como diretora de conteúdos, com outros interlocutores à minha volta. A maior parte deles conheço como colegas de redação – conheci o Luís Marques como colega, é engraçado.” (Expresso)

“Vim-me embora (da TVI) porque numa estação líder há muito pouco para fazer. Estávamos na defensiva e não arriscávamos. Na SIC, há espaço para o crescimento e para explorar novos horizontes. Achei que o meu contributo aqui seria mais interessante e estimulante” (Diário de Notícias)

“(A SIC) É um canal mais preparado em muitos aspectos. Tem uma organização e uma estrutura de chefia diferentes e um director-geral muito presente e assertivo que sabe muito bem para onde quer ir. Ainda bem, porque gosto muito de estar junto de quem sabe para onde vai”. (TV Guia)

“Fiquei comovida quando ouvi os desabafos da Cristina e do Manuel, da Leonor, da Iva, do Pedro Granger… Por saber que os colegas sentem a minha falta, sinto-me babadíssima. Também sinto a falta deles. São relações muito próximas. Falamos e mandamos mensagens uns aos outros. A amizade vai eternizar-se” (TV 7 Dias)

“A SIC vai ser líder num instantinho” (Notícias TV)

“Tomei a decisão certa e na altura certa. Com a minha saída, a TVI descobriu uma outra forma de se organizar. Enquanto eu, o Bernardo Bairrão e o André Cerqueira fechámos um ciclo.” (Notícias TV)

“A SIC tem um potencial imenso. Estamos a fazer um trabalho que não tem ainda visibilidade, mas que proporcionou à estação a sustentação e solidez de que necessitava. O director-geral, Luís Marques, tem sido o homem-chave em todo este processo. Ele conseguiu dar tranquilidade e serenidade a uma estação que viveu alguns tumultos provocados por anteriores direcções”. (Notícias TV)

“Não contava era que a antena da SIC tivesse comportamentos ‘esquizofrénicos’, como um dia dar sinais de que as coisas estão a mudar e no dia seguinte está diferente. Ainda para mais, venho de uma televisão que não tinha assimetrias muito marcadas, era tudo muito contínuo e igual. A manhã também é o horário mais difícil, que exige uma forte componente de criação de laços”. (TV Guia)

 “A SIC está completamente madura, vai retomar a liderança e a nomeação para o Emmy de Laços de Sangue é uma vaidade” (Jornal de Notícias)

“Todos nós sabemos que o próximo ano será muito difícil, em matéria de captação de receitas, para conseguirmos concretizar o que temos na cabeça. Mas a SIC será cada vez mais uma estação intrinsecamente portuguesa e em 2012 são os nossos 20 anos de televisão privada… a primeira que existiu em Portugal, por isso será especial”, Júlia Pinheiro (TV 7 Dias)

“É verdade, já papei dois! Para onde vou o Emmy aparece… Este prémio é fantástico. Mostra a nossa maturidade enquanto profissionais! (Sapo TV)

“Estamos a crescer, a ganhar sustentabilidade e a conquistar espaço num cenário que tem dois clássicos, a Praça da Alegria e o Você na TV! Os resultados estão à vista, ou seja, já começo a ameaçar a concorrência”, começa por dizer, acrescentando que “Nós já estamos a morder os calcanhares à Praça da Alegria” (Notícias TV)

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