fbpx

A Entrevista – Sílvia Alberto

A Televisão
9 min leitura

Silvia Alberto Destaque A Entrevista - Sílvia Alberto

Desde o dia 7 de julho deste ano que Sílvia Alberto integra a equipa do Só Visto! (RTP1), um magazine de atualidades original e criativo, que engloba entrevistas, reportagens, atuações e rubricas. «Ambiciono desenvolver as minhas capacidades como entrevistadora e o Só Visto! pode ser o início desse caminho», frisa a apresentadora.

E é na entrevista desta semana que pode ficar a conhecer melhor Sílvia Alberto, que, em declarações ao nosso site, afirma ser a mesma «miúda» 12 anos depois da sua estreia no Clube Disney. Relativamente ao sonho que tem por concretizar, bem, é o de sempre: «Uma volta ao mundo. Um ano a viajar».

Dividerblack A Entrevista - Sílvia Alberto

– Sílvia, a sua carreira em televisão começa no ano de 2000 como apresentadora do Clube Disney. O que mudou até agora?

– As feições de menina, o cabelo curto, a impulsividade, as maiores inseguranças… e pouco mais. Continuo a falar demasiado, a ser distraída. Visto assim, a miúda é praticamente a mesma 12 anos depois.

– Qual a situação mais embaraçosa que já lhe aconteceu num programa em direto?

– Não teve graça nenhuma. Na primeira edição da Operação Triunfo que apresentei, caí mesmo antes de entrar no ar. Comecei a emissão ainda meio desfocada. Foi muito estranho. Isso e ter tido um ataque de tosse em direto, também nessa OT.

– Como deu a volta?

– O João Baião, que era convidado nesse dia, teve de vir em meu auxílio para dar continuidade à emissão porque eu não conseguia parar de tossir. Estava constipada e não foi nada fácil, mas foi divertido.

– Atualmente, vemos a Sílvia todos os domingos na RTP1. Que feedback tem recebido relativamente ao seu magazine semanal?

РAs rea̵̤es, dentro e fora da esta̤̣o, t̻m sido muito positivas e tenho recebido muitos elogios ao projeto.

– Concorda com a decisão da RTP em apostar mais uma vez no nome Só Visto!? Não preferia outro título?

– Diz muito bem… Há decisões que não me cabem a mim e, por isso, é indiferente se concordo ou discordo. Importante é olhar pelo conteúdo das entrevistas, esse é o meu trabalho, que não inclui opinar sobre decisões estratégicas.

РMas ambicionava apresentar um programa deste g̩nero?

– No passado já apresentei programas deste género. Saber acompanhar os tempos é para mim uma virtude e o tempo é de reestruturação, de olhar pelo todo e não para o particular. O trabalho na RTP é feito em equipa, e sempre foi minha postura adaptar-me às necessidades da estação. Ambiciono desenvolver as minhas capacidades como entrevistadora e o Só Visto! pode ser o início desse caminho.

– E de que forma pretende construir esse caminho?

– Para já, agrada-me conhecer e conversar com figuras públicas de diferentes quadrantes do meio artístico, bem como conquistar alguma regularidade no ecrã.

РDescreva-nos o seu processo de prepara̤̣o das entrevistas.

– Recebo o trabalho de pesquisa sobre o convidado e procuro ficar a saber o mais possível sobre ele. Também recorro a entrevistas dadas previamente. Por vezes, contacta-se a família ou amigos para saber algo mais. Depois, segundo aquilo que a pessoa me transmitiu, traço um objetivo para a conversa e a entrevista é desenhada com uma outra surpresa pelo meio.

– Não pode revelar já um dos seus próximos convidados do Só Visto!?

– O convidado de cada semana só é revelado às quartas-feiras que antecedem cada programa na nossa página no Facebook, pelo que não estou autorizada a quebrar o suspense.

– Então e quem gostaria mesmo de entrevistar? Um nome que, à partida, será impossível.

– Para este formato… a apontar para as estrelas?

– Exato. Estrelas complicadas…

– Hum… uma rainha e uma princesa: a Rania da Jordânia e Kate Middleton; uma das mulheres mais influentes do mundo: a Oprah Winfrey; e ainda a grande actriz Meryl Streep. Mas duvido muito que seja possível…

Recentemente, conduziu o Nada a Esconder, um programa de entretenimento que procura revelar o lado humano do mundo empresarial. É um formato que lhe agrada?

– Dar visibilidade a empresários visionários e destemidos de pequenas e médias empresas, assim como estimular o empreendedorismo, foi algo que me agradou bastante – mesmo que para isso tivéssemos que sacrificar bom conteúdo em prol do formato em si e do entretenimento.

РVamos agora ao passado. Tem saudades de apresentar um grande programa de entretenimento, como Opera̤̣o Triunfo ou MasterChef?

– Sempre. São formatos intensos que se tornam inesquecíveis, não há dúvida.

– Falando em Operação Triunfo… Para quando uma nova temporada?

РA Opera̤̣o Triunfo ̩ uma op̤̣o de programa̤̣o dispendiosa para uma altura como esta. Ṇo tenho indica̤̣o que esteja para breve, mas podemos sempre sonhar com isso.

РE quanto ao fim do Festival da Can̤̣o em Portugal (que foi apresentado por si nos ̼ltimos anos): qual a sua opinịo sobre este desfecho?

– Parece-me que era inevitável. É necessária uma boa reestruturação à forma como nos posicionamos e como nos apresentamos na Eurovisão. A participação tem de ser rentável.

– Certo. Mas não há possibilidade de voltarmos à carga na Eurovisão?

– Não é a primeira vez que optamos por não participar. A saída não tem necessariamente de ser definitiva, mas é verdade que há que avaliar a relação custo/benefício.

– Sente-se feliz e realizada na RTP?

– Sim, se vivesse numa bolha, alheia aos problemas do país e à conjetura atual da estação. Não é a melhor época para me colocar essa questão, estamos na luta pela estabilidade e crescimento… E nisso estamos juntos.

РPergunta do costume: tem recebido convites para a concorr̻ncia?

РṆo.

РFuturamente, que g̩nero de programas gostava de apresentar?

– Podia ser interessante dar continuidade a este percurso que agora se inicia com o Só Visto! e partir para entrevistas de fundo. Ou até mesmo fazer uma ou outra incursão nas séries que a RTP está a produzir.

– Como avalia o atual panorama televisivo em Portugal?

– Para mim, está a iniciar-se uma grande revolução que começou com o advento da internet e das redes sociais, e que alterou por completo a forma como consumimos televisão. Hoje, o time warp permite àqueles que têm o serviço ver o programa que querem, na hora que bem entendem. Esta ainda não é a realidade da TDT, que serve a grande maioria dos lares portugueses, mas acredito que para aí caminhamos. Creio que mais tarde ou mais cedo o método atualmente utilizado para medir as audiências há-de tornar-se obsoleto.

– E é cada vez mais raro vermos um programa do início ao fim, não é?

– Sim, é raro ver-se um programa do início ao fim. Fazemos zapping a todo o instante… Não podemos ficar alheios a isso por muito tempo. Mas a conjetura particular do país não permite que o entretenimento seja uma prioridade, ainda que seja vital para o ânimo geral. Vamos ter que ir fazendo o que podemos e trabalhar para que as coisas melhorem.

– Última questão: que sonhos estão por concretizar?

– O de sempre: uma volta ao mundo. Um ano a viajar. Quem sabe um dia…

Foto1 A Entrevista - Sílvia Alberto

Cita%25C3%25A7%25C3%25A3O A Entrevista - Sílvia Alberto

Siga-me:
Redactor.