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A Entrevista – Sara Calisto

A Televisão
13 min leitura

Destaque A Entrevista - Sara Calisto

Sara Calisto, de 21 anos, sempre quis ser veterinária. Depois de alguns trabalhos nas áreas da representação, música e locução, estreou-se como apresentadora no Pets [SIC Mulher], com o qual descobriu que a apresentação também é uma opção.

Na segunda temporada do programa, que teve o seu início em novembro de 2013, a grande novidade é a mudança do co-apresentador LOL, pelo seu melhor amigo Boiing. O A Televisão esteve à conversa com Sara, que nos contou que, apesar de adorar animais, também é muito próxima das pessoas que ama.

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– Sara, fale-me um pouco de si.

– Chamo-me Sara Calisto, tenho 21 anos e frequento o terceiro ano de Medicina Veterinária. Sou uma sonhadora, uma apaixonada pela vida e pelos outros, sou exigente comigo e com os que me rodeiam, mas sou mole como manteiga. Desde pequena que os animais são a minha paixão. Via as minhas amigas passarem de bailarina, a bombeira ou médica e eu sempre fui muito convicta que o meu futuro seria com animais e a fazer o melhor por eles. Claro que estaria longe de pensar que viria a ter um programa como o Pets (este sim foi uma surpresa gigante e das boas).

– Mas antes do Pets ainda participou noutros programas de televisão…

– Aos quatro anos fiz a minha primeira novela, Os Cruzamentos, onde o bichinho pela televisão cresceu. Mais tarde, participei na série A Minha Família É Uma Animação, na novela Fúria de Viver, no filme Sem Ela, entre outros. Em 2008 integrei o projeto musical Doce Mania, o qual abandonei após um ano. Mas é com o Pets & Boiing que me sinto mais realizada. Este é um projeto do qual me orgulho bastante, não só porque foi criado por mim e pela minha irmã, mas também porque o conseguimos colocar no ar. Saber que houve quem acreditasse em nós e no projeto, não me poderia deixar mais feliz.

– Gostava de voltar a trabalhar em áreas como a música ou a representação?

– Foram experiências que adorei, sim, e que gostava muito de repetir. Adorava fazer locução de desenhos animados (algo que ainda não tive a oportunidade) e, quem sabe, acabar um projeto de música que deixei em stand by após sair das Docemania. Mas neste momento a minha prioridade é a faculdade, porque, por muito que a televisão me fascine, é um mundo complicado e nem sempre justo. Eu quero muito ter o meu diploma, ter o meu curso e, um dia, ter um emprego estável.

– Tal como referiu, atualmente frequenta o terceiro ano do curso de Medicina Veterinária. Está a correr tudo bem?

– Está a correr muito bem e eu não podia estar mais feliz. É um curso que exige muito de mim e, na maioria das vezes, eu estou tão cansada e esgotada e não é fácil, mas também é nessas alturas que entram os meus amigos e professores, que têm sido uma ajuda essencial nesta fase. Trabalhar e estudar não é de todo fácil, mas o resultado final é tão gratificante que faz tudo valer a pena.

РQuando ̩ que come̤ou a sua paix̣o pelos animais?

– A minha paixão pelos animais começou muito cedo. A minha mãe diz que sempre que via um animal corria para ele mesmo antes de ela me conseguir parar e dizer que tinha que ter cuidado. O meu primeiro pedido era: «Posso levar para casa?». Neste momento tenho dois gatos e o Boiing, e são os meus companheiros. Acho que só quem tem animais é que entende o quanto fascinantes eles são, o quanto nos podem oferecer e o quanto nos ensinam.

РNuma entrevista afirmou que gosta mais de animais do que pessoas. Porqu̻ este sentimento?

– A célebre frase… Muita gente ficou chocada quando a disse, mas talvez eu não me tenha explicado bem. Eu não disse que não gosto de pessoas, até porque quem me conhece sabe que não vivo sem a minha família, sem os meus amigos e sem aqueles de quem gosto. Sou muito apegada às pessoas e, por isso, às vezes acabo por me desiludir com facilidade. Quando digo que quanto mais conheço pessoas mais gosto de animais, quer dizer que cada vez mais as pessoas não têm valores, não pensam nos outros e não mostram o que sentem.

РTemos muito a aprender com os animais, ̩ isso?

– Acho que temos muito a aprender com os animais. Eles perdoam sem questionar, amam incondicionalmente e mostram o que sentem com gestos e ações. Eu acredito que todos seremos melhores quando aprendermos um bocadinho com eles, ou pelo menos estivermos dispostos a isso – assim como eles estão dispostos a aprender connosco e serem o melhor possível para nos agradar.

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Pets Boing A Entrevista - Sara Calisto

РQue balan̤o faz da primeira edi̤̣o do programa Pets & LOL, que estreou em junho de 2013 na SIC Mulher?

– O balanço foi mais que positivo. Nós não sabíamos como é que ia correr. Era um formato novo, não havia programas de animais sem ser o Encantador de Cães (que é um formato internacional), portanto, tudo era uma incógnita. Mas a verdade é que as críticas foram muito positivas  e deram-nos força para continuar e fazer cada dia melhor.

– E que novidades tem agora a segunda temporada, que conta com um novo apresentador, o Boiing?

– As novidades nesta segunda temporada foram muitas, desde o Boiing a novas rubricas. O nosso objetivo é sempre mostrar o melhor dos animais, pessoas maravilhosas que fazem coisas ainda mais fantásticas pelos animais. O que nós queremos com esta nova série, assim como queríamos com a primeira, é que as pessoas se identifiquem, se revejam, aprendam, se emocionem e se riam muito, porque estas são muitas das emoções que eu sinto quando estou a guiar uma entrevista. Tenho aprendido muito, tenho ficado sem chão muitas vezes, tenho conhecido pessoas maravilhosas, animais fantásticos e tenho vivido ao máximo esta experiência.

– O Boiing porta-se bem nas filmagens?

– Nem sempre. O Boiing é uma pequena peste. Mas tem sido muito positivo, até porque para nós é mais um dia em que estamos juntos. Ele já anda comigo para todo o lado e faz tudo comigo, e penso que essa cumplicidade se nota para quem vê o programa. É o meu melhor amigo e o meu mais fiel companheiro.

– Qual a situação mais hilariante que já lhe aconteceu com o seu «fiel companheiro»?

– Quando me ofereceram o Boiing, eu estava a gravar no Alentejo. Não estava preparada para o trazer e não tinha nada comigo, apenas uma caixa de cartão que uma senhora me arranjou, umas mantas da Serralã e ração que me deram para bébés. Fui ao chinês, comprei uns resguardos e um brinquedo. O drama seguinte: íamos gravar mais um dia e estávamos instalados no Hotel Ibis. Então, como é que eu ia entrar com o Boiing no Hotel? Decidi metê-lo dentro da mala, fechei só com uma pontinha aberta e entrei, ele sempre a fazer força para sair de lá de dentro e eu sem saber o que fazer. Fizemos o check-in e corri para o quarto. Cada vez que me afastava dele ele ou que parava de brincar, ele começava a ladrar (um ladrar muito bebé, mas que fazia barulho). Portanto, passei a noite toda sentada em cima da cama acordada a brincar com ele para que não ladrasse e ninguém descobrisse que ele estava ali e fôssemos expulsos do hotel. No dia seguinte tinha umas olheiras do tamanho do mundo e era dia de gravações. Na semana seguinte em conversa com o marketing do Ibis descobrimos que os Ibis aceitam animais e tinha sido tranquilo. Eu a achar que tinha feito uma coisa proibida e afinal não era…

– Um animal de um famoso (nacional/internacional) que gostaria de ter no seu programa?

– Gostava muito de ter os cães de água do Barack Obama e os cães do Cristiano Ronaldo. Se lerem esta entrevista, contactem a produção [risos]. Eu não tenho dúvida que eles vêem o Pets & Boiing e são nossos fãs.

РPor falar em f̣s, que feedback tem recebido relativamente ao seu programa?

– O feedback tem sido óptimo. As pessoas são muito simpáticas e muito calorosas. A minha família e os meus amigos são os meus maiores críticos, mas também os meus maiores fãs.

РNas redes sociais ̩ habitual vermos imagens chocantes de animais maltratados e abandonados. Como lida com esta situa̤̣o?

– Com revolta. Não consigo acreditar qua hajam pessoas tao cruéis, pessoas capazes de fazer coisas tao horríveis. Com o Pets, adorava conseguir fazer a diferença. E não digo acabar com o que acontece, porque isso nem eu nem ninguém vai conseguir, mas pelo menos despertar na consciência de cada um o que é ter um animal, o que podemos esperar dele e o que lhe devemos dar.

– Este ano, as estações apostaram forte em programas com animais (Pets na SIC Mulher, S.O.S. Animal na SIC, A Estrela Lá de Casa na RTP2, entre outros). Ficou contente com estas novidades televisivas? Acompanha algum dos formatos referidos?

– Fiquei muito contente porque na verdade era uma lacuna que havia na televisão portuguesa. É importante as pessoas preocuparem-se e conhecerem estes patudos maravilhosos que não falam a nossa língua (só o Boiing o faz), mas que têm sentimentos como nós. Portanto, se estes programas derem a conhecer esta realidade, mais animais são ajudados, mais as pessoas são esclarecidas e mais as mentalidades mudam. De momento não acompanho nenhum simplesmente porque não tenho tempo com o Pets e a faculdade, mas tenho curiosidade de ver alguns deles e vou aproveitar para dar uma olhadela este Natal.

РFuturamente, pretende continuar a fazer carreira no mundo da televiṣo?

– Essa é uma pergunta que não depende de mim, vai depender do que as pessoas acharem do meu trabalho e do meu potencial. Quanto a mim, vou lutar todos os dias para ser melhor e não prejudicar nem os estudos nem esta possível carreira.

Mensagem da Sara e do Boiing:

http://www.youtube.com/watch?v=xyFOV0IVIEQ

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